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Ministro Gilson Dipp saúda nova direção do CJF/STJ

publicado 03/09/2010 18h16, última modificação 11/06/2015 17h06

“Presidir Casa de Justiça que tanto já produziu e de quem tanto se espera é tarefa hercúlea. A presidência não é prêmio pré-aposentadoria, é encargo pesado a ser suportado pela combinação de experiência e prudência da pessoa investida dessa atribuição”. Com essas palavras, o ministro Gilson Dipp saudou os ministros Ari Pargendler e Felix Fischer, empossados nesta sexta-feira (3) nos cargos de presidente e vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal (CJF).

Em seu discurso, o ministro Gilson Dipp destacou que a construção da cidadania não se faz pelo império da espada, mas pelo equilíbrio suave da balança. Segundo ele, a diversidade de pensamentos ao longo da modelação das decisões – sobretudo nos casos difíceis, nos quais se atua de modo artesanal, fiando cada ponto da trama do tecido social – resulta em decisões-guia da ação dos indivíduos e das organizações coletivas.

“Para ser o tribunal de construção da cidadania é preciso que o norte magnético seja a convicção de que as partes e os operadores jurídicos são entes iguais em humanidade e responsáveis por aquilo que dizem. É preciso ter em conta que a discussão tem por finalidade o entendimento, a ilustração, e que se põem em xeque ideias, teses, não dogmas”, afirmou.

Dentro deste contexto, o ministro Dipp saudou o novo presidente do STJ, amigo de infância, traçando sua trajetória de vida, com a marca da vivência da evolução da Justiça Federal. “Não é demasia reconhecer a manifesta liderança de seus julgados e a hegemonia de seus precedentes, muitos dos quais se espalharam pelo país afora, tanto que isso o levou a participar e presidir, em várias oportunidades, a comissão examinadora nos concursos para a magistratura federal”, assinalou.

Segundo o ministro Gilson Dipp, o observador atento verá no ministro Ari Pargendler um agente público comprometido com o escrupuloso respeito ao patrimônio público e com a decidida proteção das rendas do Estado contra despesas desnecessárias, exageradas ou desviadas. Entretanto, salientou, verá um magistrado atualizado com as tecnologias de serviço, pois foi certamente um dos primeiros juízes a adotar o computador pessoal nos trabalhos do foro. “Nada mais moderno que a precisão e eficiência”, disse.

O ministro Dipp lembrou que, na tarefa de acompanhar o ministro Pargendler na direção do Tribunal da Cidadania, estará o ministro Felix Fischer: “Talvez seja trabalho mais leve o de apenas secundar o pioneiro que ora empossamos, mas certamente terá o ‘paranaense’ de ter disposição para madrugar e fôlego para seguir o irrequieto gaúcho nos caminhos ainda mal divisados que se oferecerão ao STJ”.

A gestão de “traços nordestinos” do ministro Cesar Asfor Rocha também foi destacada pelo ministro Gilson Dipp. Segundo ele, durante os dois últimos anos, o STJ encontrou alto grau de eficiência operacional, esmerou-se no relacionamento com o cidadão, reforçou a infraestrutura e a tecnologia dos seus serviços e inseriu sua atuação institucional definitivamente no campo da cooperação e participação internacional ou com instituições externas ao Poder Judiciário nacional.

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