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TRF3: Gabinete atinge as metas do Judiciário em Dia

publicado 03/02/2011 18h15, última modificação 11/06/2015 17h06

 O Gabinete do desembargador federal Lazarano Neto, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região,  passou a adotar as práticas da triagem, do trabalho em equipe e do estabelecimento de metas como fatores prioritários para a agilidade nos julgamentos. O Gabinete participa e se inspirou no mutirão Judiciário em Dia, projeto implantado no Tribunal em 2010, pelo Conselho da Justiça Federal (CJF), em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o TRF3.

Para os servidores do Gabinete do desembargador federal Lazarano Neto os trabalhos começaram assim que souberam de sua inclusão no mutirão. Até o final do ano, o Gabinete já estava com 4.383 processos julgados, juntando o trabalho realizado pelo Gabinete e pelo mutirão.

A meta era julgar mil processos por mês e os servidores do Gabinete estão conseguindo chegar a esse número. São 18 servidores trabalhando com dedicação, muitas vezes aos sábados, domingos e feriados, além de muitos terem cancelado as férias neste período. Um dos servidores foi cedido para ajudar os trabalhos do mutirão e a escolha dele se deu entre os três funcionários do Gabinete que manifestaram interesse em trabalhar com o mutirão.

Para atingir os objetivos do mutirão, o Gabinete teve que mudar um pouco sua organização interna e os métodos de trabalho. Antes, eles focavam os processos mais antigos e os mais simples. Agora, com a força tarefa, eles fizeram a triagem de todos os processos referentes à Meta 2 com a colaboração do desembargador Lazarano Neto: “ele nos cedeu a própria sala para a triagem, porque se não temos espaço físico é impossível realizar uma triagem rápida. O espaço é reduzido nas estações de trabalho e para fazer uma coisa em escala é quase impossível”, declara a assessora Izabel Ricardo Seixas Carneiro.

Triagem dos processos

A coordenadora do mutirão, juíza federal Mônica Aguiar, também acredita que um bom caminho para se realizar os trabalhos é fazendo a triagem dos processos. “Uma coisa que eu sempre disse desde o início e costumo repetir é que o sucesso, no sentido de maior produtividade dos mutirões, depende essencialmente de uma triagem. Embora muitos vejam como um trabalho perdido, porque você para de produzir para mexer em processos, separá-los, classificá-los e agrupá-los, é muito importante, pois no final é como se você tivesse uma casa toda organizada e já soubesse onde tem cada coisa”, argumenta a coordenadora.

Para a assessora do Gabinete, “houve uma colaboração muito grande da equipe e realmente alcançaram a meta em setembro, outubro, novembro e dezembro”.

Tanto a assessora do Gabinete, quanto a coordenadora do mutirão concordam que a democracia e o compartilhamento de informações são grandes fatores para que o trabalho seja realizado com sucesso. “A liderança, quando é compartilhada e discutida, quando as metas são explicadas com transparência e clareza para todos, eu creio que este também é um outro motivo de grande acerto”, garante a juíza federal Mônica Aguiar.

Para Izabel Carneiro, outra ajuda importante para a dinâmica dos trabalhos foi a distribuição, por parte da organização do mutirão, de um roteiro de sugestões que deveriam ser seguidas. “Muitas das sugestões nós seguimos e foi bastante produtivo. Ajudou bastante”, acredita a assessora.

No recesso, o pessoal do Gabinete trabalhou numa retriagem dos processos para poder trabalhar de forma mais ágil. “O que tínhamos que fazer em um primeiro momento nós já fizemos. Agora nós vamos começar a enfrentar questões mais complexas do acervo que restou”, conclui Izabel.

Com os trabalhos do mutirão, a equipe do Gabinete do desembargador federal Lazarano Neto constatou que para melhorar a produção três pontos merecem destaque:

1 – Triagem: é melhor perder um tempo no começo fazendo a triagem dos processos para que o trabalho tenha maior fluência.

2 – Trabalho em Equipe: todos colaborando para atingir um objetivo comum.

3 – Metas: os servidores do Gabinete concluíram que são necessárias metas diferenciadas para cada tipo de voto.

Participam deste mutirão nove gabinetes de desembargadores do TRF3 que pretendem no prazo de seis meses cumprir integralmente a Meta 2 (de 2010) do CNJ, e também reduzir os seus acervos em pelo menos 70%.