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CJF inaugura biblioteca e homenageia Dario de Almeida Magalhães

publicado 25/06/2012 17h10, última modificação 11/06/2015 17h04

O Conselho da Justiça Federal (CJF) inaugurou nesta segunda-feira (25/6), o novo espaço da sua biblioteca. Durante a solenidade, o presidente do Superior Tribunal de Justiça e do CJF, ministro Ari Pargendler, agradeceu à família do advogado e jornalista Dario de Almeida Magalhães (1908–2007) pela doação de sua coleção particular de 8 mil livros ao acervo, e ao governo do Distrito Federal, pela regularização do espaço da biblioteca. O governador do DF, Agnelo Queiroz, foi representado na solenidade pelo deputado federal Luiz Pitiman, (PMDB/DF), em cuja gestão como secretário de Obras do GDF, em 2011, foram empreendidas as ações que levaram à aprovação de lei da Câmara Legislativa permitindo a instalação da biblioteca no subsolo da sede do Conselho.

De acordo com Pargendler, o CJF comemora dois gestos, juntamente com a inauguração da biblioteca. O primeiro é o apoio dado pelas autoridades do GDF, que possibilitaram o uso deste espaço. “Por causa de um erro durante a construção, nosso prédio foi erguido um pouco maior do que era permitido, mas graças às iniciativas da Secretaria de Obras do GDF e do apoio do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, a Câmara Legislativa alterou o zoneamento desse lote para que a irregularidade fosse sanada, e, assim, permitisse a instalação da biblioteca, que receberá não só  servidores e estudiosos do direito, mas também a população interessada em aumentar seu conhecimento”, revelou o ministro. 

O deputado Luiz Pitiman ressaltou que o ministro Ari Pargendler demonstrou estar decidido a deixar um legado, referindo-se à sua determinação em instalar a biblioteca no local onde funcionaria uma garagem. “No lugar de carros, teremos jovens, adultos e juristas estudando para se aprimorar e, com isso, ter um país melhor. Em nome desse trabalho, acredito que todos estão orgulhosos em ter um espaço tão bonito e útil para a população”, concluiu.

O segundo gesto de grande valor, segundo o ministro Pargendler, foi a doação das obras de Dario de Almeida. “Associar o Dr. Dario a esta biblioteca é uma honra. É um precioso acervo bibliográfico doado pela família deste grande advogado”, destacou o ministro.

A doação foi feita em 2011 pela família do advogado e político Raphael Hermeto de Almeida Magalhães (1930-2011), que herdou e manteve o acervo de seu pai, Dario de Almeida Magalhães. A coleção contém clássicos do direito escritos por renomados juristas brasileiros e estrangeiros, além de muitas obras antigas – algumas muito raras, como a edição de 1889 do Corpus Juris Civilis, coletânea considerada a base do moderno Direito Civil.

A manifestação em nome da família foi feita pelo advogado Sérgio Bermudes, que conviveu com Dario e com Raphael Magalhães durante mais de 30 anos. Após destacar a trajetória e as qualidades pessoais de ambos, ele declarou-se honrado por ter sido indicado para formalizar a doação do acervo adquirido e preservado ao longo de 60 anos.  “Que fiquem aqui para sempre e façam bom uso, pois é aqui que eles devem estar”, concluiu.

A filha do advogado, Thereza de Almeida Magalhães Bulhões de Carvalho, mostrou-se comovida com a homenagem. “Este ato foi de uma importância fundamental. Tenho certeza de que o meu pai gostaria muito de saber que isso aconteceu dessa forma, com essa perfeição, com esse interesse do CJF de conservar em bom estado a biblioteca dele. Fico comovida, pois o que ele estudou, acredito que tudo o que ele fez, estará eternizado nesta biblioteca”. Ela revelou-se impressionada pelo capricho, cuidado e empenho demonstrado pelo ministro e pelos servidores do CJF na recepção da obra. “Nossa família fica muito agradecida com isso".

A advogada Renata Almeida Magalhães, neta de Dario Magalhães, ao falar sobre o processo de doação dos livros ao CJF, conta que o avô sempre teve muito orgulho da biblioteca que construiu ao longo de sua vida. Ela considera que a decisão da família foi acertada, pois assim se evita de manter a biblioteca sem uso. “A gente quis mandar os livros dele para um lugar onde fossem usados, consultados e preservados e, principalmente, um lugar que a gente achasse que o vovô ficasse feliz de ver os seus livros. Então, a biblioteca do CJF é o lugar ideal”, avalia.

A biblioteca, coordenada pela servidora Raquel Menêses, ocupa 1.470 metros quadrados na sede do CJF, com capacidade para cerca de 100 pessoas na área do acervo principal e salas adjacentes. As instalações contam também com área para eventos e exposições, espaço virtual com computadores para consulta ao acervo eletrônico, sala de projeção com 45 lugares, sala de reunião para 14 pessoas com equipamento de videoconferência, duas salas de estudo em grupo e quatro salas para estudo individual. Destinada prioritariamente ao atendimento a magistrados e servidores da Justiça Federal, a biblioteca atende, também, ao público externo.

SERVIÇO

A Biblioteca do CJF funciona das 9 às 19h de segunda a sexta-feira e atende aos ministros e membros do CJF, aos magistrados e servidores da Justiça Federal e aos usuários externos. 
Local: Setor de Clubes Esportivos Sul – SCES Trecho III - Pólo 8 - Lote 9 - Brasília/DF
Telefone: (61) 3022-7000