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Comitê Técnico de Obras da Justiça Federal visita construção sustentável do TJDFT

publicado 30/03/2012 11h00, última modificação 11/06/2015 17h04

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A primeira construção totalmente sustentável do Judiciário brasileiro está em Brasília. O Fórum Desembargador Joaquim de Sousa Neto, inaugurado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) há menos de um ano, foi conhecido pelos engenheiros e arquitetos do Comitê Técnico de Obras da Justiça Federal (CTO), na tarde desta quinta-feira, 29 de março. O prédio abriga as oito Varas de Fazenda Pública e a Vara do Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF.

A visita técnica faz parte dos estudos de viabilidade da aplicação de técnicas sustentáveis em projetos de arquitetura e engenharia da Justiça Federal. Além disso, a atividade também integra a programação da 14ª reunião do grupo, que acontece no Conselho da Justiça Federal (CJF) até esta sexta-feira, 30 de março.

De acordo com a arquiteta do CJF, Mônica Antunes, é fundamental conhecer iniciativas que já foram desenvolvidas com sucesso. “Estamos levantando alternativas sustentáveis para aplicar nos tribunais regionais, levando em consideração as características de cada local. A nossa intenção é que em dois anos seja organizado um guia de procedimentos sustentáveis para orientar os gestores de obras da Justiça Federal”, revelou.

O projeto do TJDFT, que atende aos critérios para a certificação Liderança em Projetos Ambientais e Energéticos, já nasceu grande e econômico. Foram gastos aproximadamente R$ 22 milhões para construir cerca de 6.800 metros quadrados. Ao todo, foram aplicados 20% de materiais reciclados e 40% de materiais regionais, produzidos em um raio de 800 quilômetros da obra. Também foi utilizada a gestão sustentável de resíduos durante a fase de execução, garantindo que 75% dos resíduos gerados fossem reaproveitados ou reciclados.

Todos os dias, o Fórum Verde, como é chamado, recebe cerca de 350 pessoas, entre funcionários e visitantes. E foi concebido exatamente para o conforto e a melhor qualidade de vida das pessoas que passam por lá diariamente. Segundo o engenheiro responsável pela manutenção do prédio, Miquéias Assunção, o ambiente de trabalho foi pensado para o funcionário. “É um espaço agradável e produtivo de se trabalhar”, afirma.

Instalações

A edificação foi localizada de tal modo no terreno, que permitiu a retirada mínima da vegetação nativa, ficando totalmente integrado com o entorno. Também buscou aproveitar, ao máximo, em todos os ambientes, a iluminação natural e a ventilação cruzada, o que garantiu a redução do uso de iluminação artificial e do ar-condicionado.  A leve rotação do edifício permitiu a criação de floreiras em todos os pavimentos, o que, além de humanizar o ambiente, auxiliou na proteção solar e na melhoria da qualidade do ar.

Com cobertura ajardinada, que reduz a carga térmica do edifício, o Fórum possui uma estação compacta de tratamento de efluentes, captação de águas pluviais, que permite o reuso de águas pluviais e cinzas para fins não potáveis, como descarga, lavagem de pisos e irrigação de jardins. Foram usados metais e sanitários que permitem economia no consumo de água e toda a madeira utilizada nas paredes divisórias é comprovadamente proveniente de reflorestamento. Também as tintas, mantas e colas empregadas foram testadas em laboratórios independentes, obedecendo às normas técnicas mais restritivas de liberação de Compostos Orgânicos Voláteis (COV's).

Comitê da Justiça Federal

O CTO, integrado por técnicos das áreas de arquitetura e engenharia do Conselho e dos Tribunais Regionais Federais, tem como atribuição desenvolver estudos destinados à definição de diretrizes de projetos e de obras visando à melhor aplicação dos recursos alocados em orçamento. Resultam do esforço conjunto do Comitê, dentre outros trabalhos, o Guia de Projetos e Obras da Justiça Federal, o sistema CADI-JUS e os estudos para a composição de custos para obras da Justiça Federal.

Com informações da Ascom - TJDFT