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Ministro Noronha destaca a importância de preparar juízes para novo desafio

publicado 09/11/2012 15h30, última modificação 11/06/2015 17h04

“Temos que preparar o juiz para um novo desafio, no qual a Justiça é demandada em massa, e não apenas para solucionar conflitos individuais, mas para resolver aqueles que transcendem os interesses de duas ou mais pessoas e que repercute no seio social”. Assim, o ministro João Otávio de Noronha, Corregedor-Geral da Justiça Federal e diretor do Centro de Estudos Judiciários do Conselho da Justiça Federal (CEJ-CJF), manifestou-se sobre a importância do Curso Interinstitucional de Formação de Formadores, que se encerrou hoje (9 de novembro), na sede do Tribunal Superior do Trabalho.

A iniciativa é resultado do trabalho conjunto do CEJ-CJF, da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (Enamat) e da Escola Nacional da Magistratura da França (ENM-França). Sobre a parceria inédita, o ministro afirmou que se trata de fazer um trabalho para o futuro e para sempre. “Precisamos aprimorar, investir recursos em material humano e em tecnologia, para que possamos dar ao magistrado brasileiro a formação que o jurisdicionado dele espera”, declarou.

O Corregedor destacou também que é hora de as instituições somarem esforços e estabelecerem sinergia para preparar o magistrado em relação ao seu novo papel na sociedade brasileira. Para ele, o momento não é mais de o magistrado apenas se desincumbir do processo, mediante a sentença judicial. “É preciso que nós, juízes, aprendamos a decidir pacificando. E só vamos pacificar se nos prepararmos para isso”.

O ministro Noronha elogiou os modelos de ensino da Enamat, que considera um dos mais avançados no Brasil, e da ENM-França, e ainda destacou a necessidade de que o magistrado retorne constantemente à sala de aula, “não mais para aprender sobre Direito do Trabalho, Constitucional, Processual ou Civil, mas para melhor se preparar para gestão, relacionamento e deontologia; para que saiba tratar a parte adequadamente e se prepare para saber como receber as críticas sobre sua sentença”.

Curso

O curso iniciou-se no dia 5 de novembro e contou com sistema de tradução simultânea. As aulas foram ministradas pelas magistradas francesas Anne-Marie Morice e Catherine Grosjean, coordenadoras regionais de formação da ENM-França. Dos 24 participantes, 10 foram indicados pelo CEJ/CJF e 14 pela Enamat.

Durante as 31 horas-aula foram trabalhados temas como: abordagem teórica da formação de adultos; especificidades da formação de magistrados; qualidades, competências e conhecimentos dos magistrados; os diferentes tipos de avaliação, entre outros.