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Dirigentes debatem avanços para a educação corporativa da Justiça Federal

publicado 16/08/2013 16h50, última modificação 11/06/2015 17h04

Os diretores de Recursos Humanos dos cinco tribunais regionais federais e os representantes da área de capacitação das seções judiciárias se reuniram nos dias 13 e 14 de agosto, no Conselho da Justiça Federal (CJF). No terceiro encontro do grupo, em 2013, foram traçados os elementos e definidas as etapas que comporão um pré-projeto para a implantação da Educação Corporativa para a Justiça Federal.  

A secretária do Centro de Estudos Judiciários (CEJ) do CJF, Maria Raimunda Mendes da Veiga, ressalta que “essa é a primeira ação conjunta da Justiça Federal no sentido de construir um projeto de Educação Corporativa de forma participativa, envolvendo as áreas de RH e de Desenvolvimento e Capacitação dos TRFs e das seções judiciárias”.

De acordo com a secretária de Recursos Humanos do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, Rosana Zonaro, essa foi uma iniciativa positiva: “o assunto é complexo e novo. É uma proposta bastante ambiciosa. A intenção é a construção coletiva de um modelo para a Justiça Federal e não adotar um modelo pronto, já utilizado por outras instituições”.

A fim de enriquecer a elaboração da proposta, representantes do CEJ saíram em campo e foram conhecer as universidades do Banco do Brasil do Sebrae, com o objetivo de trazer a experiência dessas instituições em educação corporativa para os participantes do encontro. Em encontros anteriores o grupo conheceu a experiência da universidade da Eletrobrás, do Instituto Serzedelo Correa, do TCU, e a experiência do Tribunal Superior do Trabalho.  A secretária do CEJ também relatou a experiência que teve no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e fez ainda uma apresentação sobre os aspectos positivos da nova forma de educar nas corporações.

A coordenadora de Estudos e Pesquisas do CEJ, Virgínia Guimarães Corrêa, relembra, que ao discutir o Programa Permanente de Capacitação dos Servidores da Justiça Federal (PNC) de 2012/2013, foi identificada a dificuldade de se criar ações para desenvolver nos servidores o perfil estratégico, alinhado às estratégias da JF. A partir disso, foi formado o grupo para priorizar a criar o modelo de educação corporativa da Justiça Federal.

Virgínia Guimarães ressalta que a educação corporativa tem um foco diferente da educação tradicional, porque parte do pressuposto de que o aluno já está inserido no contexto de trabalho, e que aprende agindo. O conceito visa melhorar as competências dos servidores para desenvolver as estratégias da organização.

Nesse sentido, o encontro contou também com a presença do secretário de Desenvolvimento Institucional (SDI) do CJF, Misael Guerra Pessoa de Andrade, que tirou dúvidas sobre o  planejamento estratégico da Justiça Federal, a fim de dar subsídios para a elaboração do pré-projeto de educação corporativa. 

O TRF4 já está investindo nessa nova forma de capacitação, que envolve servidores, gestores e a área de RH, por entender que a capacitação dos servidores deve integrar a estratégia da Justiça Federal. Para isso, está em tramitação a proposta de criação de um comitê para planejamento das ações de capacitação dos servidores do tribunal e das seccionais, de forma alinhada. É o que relatou o chefe de gabinete da Diretoria-Geral do TRF4, Flávio Fagundes Visentini. O assessor participou do evento para compartilhar as iniciativas do órgão quanto à educação corporativa.

A Secretária de RH do TRF3 ressaltou o impacto da educação corporativa na JF: “Nós queremos que o servidor tenha maior autonomia e crítica sobre a atuação dele nos processos de trabalho. Quem conhece melhor o que faz consegue melhores resultados. Por meio da educação corporativa, pode-se trabalhar mais a responsabilidade social, construindo uma Justiça mais abrangente, envolvendo a sociedade nesse processo educativo. Para a população, isso reflete na forma de agilidade e qualidade dos serviços prestados”.

Para Raimunda Veiga, o grande desafio é possibilitar a criação de um modelo que tenha a uniformidade de conceitos, pressupostos fundamentos e valores, mas que respeite o ritmo e a  realidade próprios de cada região, ou seja, oferecer ações educacionais tanto de caráter geral, como  levando-se em conta a diversidade regional. 

Promover a melhoria da organização por meio do aprendizado contínuo do das pessoas que nela atuam; manter o foco no resultado das ações de aprendizagem e no desempenho do servidor, e considerar toda a cadeia de valor - público interno e externo -, como público-alvo, são algumas das características da educação corporativa.