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Palestras debatem consumo consciente e sustentabilidade no CJF

publicado 14/03/2013 19h00, última modificação 11/06/2015 17h04

O Comitê de Sustentabilidade e a Secretaria de Tecnologia da Informação do Conselho da Justiça Federal (CJF) realizaram, na tarde desta quinta-feira (14/3), o evento “Sustentabilidade no ambiente de impressão corporativo e a redução dos impactos ambientais no CJF”, no qual servidores, terceirizados e estagiários do órgão, do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) puderam saber mais sobre o consumo consciente dos recursos para economizar papel e energia elétrica. Para isso, foram realizadas três palestras sequenciais acerca do assunto. Na abertura, o secretário de administração do Conselho, Jorge Áureo Ferreira, destacou a importância do evento. “Somos portadores da semente multiplicadora do conhecimento. A primeira mudança começa por nós, isso faz a diferença”, frisou.

A primeira palestra foi proferida pelo gerente de negócios da empresa Lexmark Internacional do Brasil, Márcio Gonçalo do Nascimento, que falou sobre sustentabilidade no ambiente de impressão corporativo. Ele explicou os benefícios da mudança do sistema de impressão para o modelo atual utilizado pelo Conselho, no qual uma empresa fornece o serviço, instalando impressoras e oferecendo suporte. “Há uma redução considerável dos custos, melhoria da eficiência para a organização, redução da dependência do papel, do consumo de energia, bem como a ampliação das chances de se atingir as metas de sustentabilidade”, pontuou. 

Segundo o gerente da Lexmark – fabricante de impressoras presente em mais de 70 países – atualmente, 67% das empresas não sabem o que imprimem. Em média, cada uma delas, consome 26 mil resmas de papel por ano, o que equivale ao desmatamento de oito hectares de florestas. Conforme estudos sobre o rastro de carbono – levantamento responsável pela identificação do ciclo de vida de equipamentos – numa impressora, o papel domina a fase de uso ao consumir cerca de 80% de sua durabilidade. Por isso, para Márcio Nascimento, a tendência é que se valorizem cada vez mais procedimentos eletrônicos. 

Economizar para preservar

Outro aspecto importante para estimular a preservação ambiental é a racionalização do consumo de energia elétrica. Para falar sobre o assunto, o gerente de eficiência energética da CEB, Elias Brito Júnior, mencionou as principais formas de geração de energia existentes na atualidade e destacou as mais usadas pelo Brasil. “A maior parte da energia elétrica vem das usinas hidrelétricas e termelétricas. Também existe a modalidade eólica, que depende do vento, mas ainda não é uma forma confiável, sendo apenas utilizada de maneira complementar. Outro tipo é a energia solar, que pode ser obtida por sistemas termo-solar ou fotovoltaica”, observou.

Em sua explanação, o gerente da CEB apresentou algumas medidas práticas para economizar energia e utilizar, de forma mais inteligente, equipamentos domésticos e eletrônicos. “O que se pretende é uma mudança de hábito. O combate ao desperdício é mais fácil do que parece”, assegurou Elias Júnior. Na opinião dele, a principal consequência imediata desse processo é a redução do impacto ambiental e dos investimentos governamentais em geração, transmissão e distribuição de eletricidade. 

Ainda de acordo com o palestrante, cerca de 60% do consumo de energia numa residência está relacionado ao uso de chuveiro elétrico e geladeira. Como exemplo, ele citou o gasto mensal calculado sobre o consumo de um banho diário com duração de 15 minutos. “O consumidor vai pagar R$ 11,55 por mês. Numa casa com quatro pessoas, esse gasto subirá para R$ 46,20”, alertou Elias Júnior, que também comparou os custos para o consumidor da utilização de 12 horas diárias de lâmpadas incandescentes (R$ 7,56), compactas (R$ 1,89) ou de LED (R$ 0,88). Por fim, aconselhou: “Vamos utilizar ao máximo iluminação e ventilação naturais”.

Responsabilidade compartilhada

 E de quem é a responsabilidade sobre o que é descartado no meio ambiente? Para Maria Vitória Ferrari – que é professora e coordenadora do Núcleo de Gestão Ambiental e do Laboratório do Ambiente Construído, Inclusão e Sustentabilidade da UnB – todos os envolvidos na cadeia de consumo devem se preocupar com essa questão. Ela finalizou o evento do CJF apresentando um vídeo educativo intitulado “A história das coisas”, que adverte sobre a capacidade do planeta de produzir os recursos necessários à manutenção do ritmo atual de consumo dos seres humanos. “Nós não sabemos articular e agir em rede. Mudança, para mim, começa com a divulgação máxima de boas ações. A gente precisa pensar e ter uma visão sistêmica sobre a origem das coisas”, concluiu após a exibição do vídeo.