Dependência química no serviço público” é tema de palestra durante congresso de saúde no CJF
O médico psiquiatra do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Eduardo Souza de Sá e a assistente social Ângela Teixeira Lira ministraram palestra sobre Dependência Química no Serviço Público – uma experiência de 13 anos, durante o VI Congresso Brasileiro dos Serviços de Saúde do Poder Judiciário. Os especialistas apresentaram um panorama sobre o Programa Alvorecer, criado pelo STJ no ano 2000 com o objetivo de promover ações educativas de prevenção e tratamento da dependência química ou do uso abusivo de drogas entre servidores do Tribunal. O evento foi realizado pelo STJ, em parceria com o Conselho da Justiça Federal (CJF), de 5 a 8 de novembro.
O Programa de Prevenção e Tratamento da Dependência Química - Programa Alvorecer foi instituído mediante o Ato n. 183 e reconhecido pela Secretaria Nacional Antidrogas com o melhor projeto de prevenção ao abuso de álcool no ambiente de trabalho. A equipe interdisciplinar do Programa conta com trabalho de psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psiquiatras e médicos com especialidade em clínica médica.
De acordo com o especialista, 53 servidores foram identificados como dependentes ao longo da existência do Programa, 25 desses estão na ativa enquanto 15 possuem comprometimento funcional. Entre os servidores que continuam trabalhando, 10 estão em acompanhamento, 11 já encerraram atendimento, 3 estão sem adesão e 1 foi cedido. “Existem diversas ações realizadas pelo programa, como campanhas e palestras destinadas aos servidores que necessitam de atendimento, além do acompanhamento psicológico da família, que precisa saber lidar com o problema. Os profissionais da Secretaria de Serviços Integrados de Saúde e da Secretaria de Gestão de Pessoas do Tribunal acompanham os servidores e atuam como facilitadores no processo de recuperação”, disse.
Ele destacou que os dois pilares do programa são a prevenção e o tratamento, e explica como os servidores podem participar. Para prevenir, são necessarias ações de cunho infotmativo e educativo, reflexão sonre os riscos, adoção de hábitos saudáveis de vida e intervenção precoce. Também fazem parte das ações realizadas pelo programa um festival de cartazes, gincana da família, festival de filmes de 1 minuto, peça teatral – Uma Família de Valor, maratona de oficinas de reflexão e concurso de fotografia.
As comissões do Programa Alvorecer são formadas, segundo o médico, por profissionais que trabalham de forma homogênea, sem distinção de especialidade. “As atribuições dos profissionais são bem definidas. Além disso, todo o trabalho realizado tem aumentado o nível de informação sobre drogas e dependência química no STJ. Hoje há um maior envolvimento dos servidores e seus familiares em eventos de cunho preventivo, postura gerencial mais objetiva e responsável, não privilegiando nem discriminando o servidor, e a redução no surgimento de novos casos e identificação precoce”, revelou. Clique aqui e confira a apresentação completa.
Fonte: CJF