Cartilha esclarece à população o funcionamento das penitenciárias federais
As quatro penitenciárias federais existentes no país – em Catanduvas (PR), em Porto Velho (RO), em Campo Grande (MS) e em Mossoró (RN) – foram criadas para abrigar os presos mais perigosos do país, os quais, via de regra, são líderes de facções criminosas e precisam ser isolados de uma rede de influências formada em uma penitenciária estadual. São unidades administradas pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a execução das penas nesses presídios é fiscalizada por um juiz federal corregedor.
A cartilha tem a finalidade de levar ao conhecimento dos operadores do Direito e da sociedade em geral noções básicas acerca do procedimento de transferência e de inclusão de presos em uma penitenciária federal, assim como as peculiaridades referentes ao regime de tratamento a que é submetido o preso nesses estabelecimentos de segurança máxima.
Os atores envolvidos no Sistema Penitenciário Federal se reúnem periodicamente para discutir aspectos do funcionamento dessas penitenciárias, sob a coordenação do CJF. Nesse sentido, foram realizados quatro workshops sobre o tema, que resultaram em enunciados, recomendações, propostas de alterações legislativas, compartilhamento de boas práticas, além da elaboração de um plano de ação, um manual prático de rotinas e a cartilha. Neste ano, será realizado, em março, o V Workshop.
“Neste ano, o V Workshop será adaptado de forma a atender aos novos anseios do sistema, a fim de que os debates se concentrem em questões estruturais, como a adoção do processo eletrônico, a definição de estrutura mínima das corregedorias, a implantação, ainda que em caráter provisório, de medidas efetivas no sentido de conferir proteção e assistência aos juízes corregedores”, explica o coordenador científico do evento, juiz federal Walter Nunes. O dia e o local do evento não serão divulgados, por motivo de segurança.
Fonte: CJF