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Começa Primeiro Diálogo da Magistratura Federal e Polícia Federal no CJF

publicado 13/11/2014 21h00, última modificação 11/06/2015 17h04

Na noite desta quinta-feira (13), magistrados e policiais federais reuniram-se no Conselho da Justiça Federal (CJF) com o objetivo de ampliar a troca de experiências entre ministros, desembargadores e juízes federais que atuam na área criminal e os profissionais cuja atividade principal é a investigação dos crimes. O evento, promovido pelo Centro de Estudos Judiciários do CJF, recebeu o nome de Primeiro Diálogo da Magistratura Federal e Polícia Federal (PF).

Durante a abertura, o corregedor-geral da Justiça Federal, ministro Humberto Martins, afirmou que encontros como esse atendem a uma demanda da sociedade. “Os novos momentos vividos pelo Poder Judiciário têm exigido reflexões mais profundas sobre o exercício da atividade jurisdicional e a necessidade de interação dos magistrados com outros órgãos, em especial a Polícia Federal, para a troca de experiências e a busca da uniformidade de entendimentos”, avaliou.

Ainda para o corregedor, a importância de um encontro como esse é promover o entrosamento entre os dois segmentos. “Esse conclave irá contribuir para o aprimoramento da prestação jurisdicional uma vez que as atividades de investigação são essenciais à produção de provas de autoria e materialidade do crime para compor o inquérito policial que, se bem instruído, evita o retardamento dos processos e, até mesmo, vícios que podem levar à nulidade das ações”, pontuou o ministro.

Também presente à abertura, o coordenador científico do evento, ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sebastião Reis Júnior, destacou a importância do diálogo. “Nesse momento delicado para o Judiciário, em que os processos não andam na velocidade necessária, acredito que um dos caminhos é este: reunir os atores envolvidos no processo para conversar e identificar os problemas comuns e vislumbrar maneiras de resolvê-los”, resumiu.

Representando a Polícia Federal, o corregedor nacional da PF, Roberto Cordeiro, fez questão de destacar que a iniciativa não poderia acontecer em um momento mais apropriado. “A preocupação é aprimorar o inquérito para melhor instruir os processos. A ideia é atender aos anseios dos juízes federais, para que possam julgar com tranquilidade e segurança”. Sua expectativa é que esse seja o primeiro passo no rumo de um diálogo constante. “Que seja o primeiro de muitos encontros semelhantes”, finalizou.

O evento continua nesta sexta-feira (14), com o compartilhamento de ideias. Na parte da manhã, os cinco grupos de discussão, com aproximadamente dez pessoas cada um, se reúnem nas salas de aula e, em seguida, participam da plenária – na qual o coordenador científico e mais dois palestrantes serão responsáveis por sistematizar as propostas e definir as ações a serem realizadas e os responsáveis por cada uma delas – e das considerações finais, no auditório externo do CJF. Após o retorno do almoço, os participantes visitarão o Instituto Nacional de Criminalística.