Decano enaltece liderança e eficiência administrativa do novo presidente da corte
“Sua eficiência no âmbito jurisdicional, sua grande liderança, sua habilidade nas relações pessoais e, fundamentalmente, sua aptidão para atividades administrativas são um alento de melhores dias a esta casa", disse.
A caneta usada por Djaci Falcão no termo de posse como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) foi usada pelo filho Francisco ao chegar à presidência do STJ. Pargendler contou que, como juiz, Francisco Falcão notabilizou-se pela operosidade, mas foi como ministro do STJ que se projetou como expressão nacional. Antes de ser presidente do STJ, Falcão foi corregedor da Justiça Federal e corregedor nacional de Justiça, cargos exercidos sempre com dinamismo, segundo Pargendler.
Liderança
As palavras do ministro mais antigo do STJ também trouxeram um alerta ao novo dirigente. “A hora é difícil e estranha”, afirmou Pargendler. Ele se referiu ao desafio do STJ de julgar um volume enorme de processos anualmente. “Um tribunal superior orientado a unificar a jurisprudência nacional não pode abrir mão da qualidade”, declarou.
O ministro disse que o STJ foi criado pela Constituinte de 1988 para resolver uma crise que paralisava o Supremo Tribunal Federal, e agora este novo tribunal depende da aprovação de emenda constitucional para superar uma crise idêntica.
Pargendler exortou o novo presidente a encabeçar a luta pela aprovação da PEC 209/12, que filtra os recursos para o STJ de acordo com a relevância jurídica da questão de direito federal discutida. A tramitação já se iniciou no Congresso Nacional. “O STJ tem, a partir de agora, uma liderança na luta pela aprovação dessa emenda constitucional; liderança que proverá também acerca de um mecanismo que evite a banalização dos julgamentos das causas representativas de controvérsia”, afirmou, referindo-se aos recursos repetitivos julgados no STJ.
Escudeira
Ao lado de Falcão, assumiu a vice-presidência do STJ e do CJF a ministra Laurita Vaz. “Nada abala essa mulher forte de aparência frágil, cujo cabedal de conhecimentos jurídicos foi conquistado com muito esforço e talento”, descreveu o ministro Pargendler.
Ele disse que Laurita tem suas qualidades reconhecidas unanimemente pelos colegas da corte. “A empatia faz dela a escudeira perfeita para o novo presidente do STJ”, resumiu.