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Gestão colaborativa e consumo consciente na gestão pública são temas de palestra no CJF

Sustentabilidade

por publicado: 04/10/2016 09h10 última modificação: 04/10/2016 11h59
Encontro teve a participação do vice-presidente do Conselho, ministro Humberto Martins

 

Eficiência na gestão pública com um consumo consciente por meio de ações sustentáveis foi o tema debatido nesta segunda-feira (3) na palestra Corte Orçamentário e Sustentabilidade: Crise ou oportunidade?, ministrada pela assessora-chefe de Gestão Socioambiental do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Ketlin Scartezini, na sede do Conselho da Justiça Federal (CJF). Participaram da mesa de abertura o vice-presidente do CJF e do STJ, ministro Humberto Martins, e a diretora-geral do Conselho, Eva Maria Ferreira Barros. O evento contou com a presença de servidores do Conselho e convidados.

Em seu discurso de abertura aos servidores do CJF, o ministro Humberto Martins reforçou a pulsante necessidade de se pensar na responsabilidade ambiental com os recursos naturais e com a sociedade. “Saúdo todos os servidores e convidados que participam do encontro e enfatizo a satisfação e confiança em nome também da nossa presidente, a ministra Laurita Vaz, de que esse evento será coroado com êxito. Não poderia ser realizado em um momento mais oportuno e certamente contribuirá para que possamos refletir sobre as medidas que podemos adotar e implementar para tornar o nosso ambiente de trabalho e diário cada vez mais sustentável”.

O vice-presidente também citou a preocupação com o tema no âmbito do Poder Judiciário, por meio da Resolução 201, do Conselho Nacional da Justiça (CNJ). “Essa resolução determina que cada um dos órgãos da Justiça Federal implementem um Plano de Logística Sustentável (PLS) em seu planejamento estratégico, instrumento este que pretende não apenas instituir práticas de sustentabilidade, mas combater o desperdício de recursos alcançando maior eficiência nos gastos públicos”.

Gestão colaborativa contra o desperdício

Em sua palestra, a assessora-chefe do STJ, Ketlin Scartezini, reforçou pontos primordiais para o bom funcionamento das práticas sustentáveis dentro de uma instituição: gestão colaborativa, consumo consciente, conhecimento do tema e comunicação. Para ela, a responsabilidade ambiental está dentro do planejamento estratégico de qualquer órgão público, mas a sua implementação ainda é insuficiente.

“Passamos por um momento em que o modelo econômico do País está insustentável. E é exatamente assim que as ações em prol da sustentabilidade devem ser reforçadas, pois elas garantem diminuição de gastos prestando o mesmo serviço eficiente. Cortes pequenos na rotina das unidades de trabalho e dos servidores causam uma economia em grande escala para a administração pública. A falta de comunicação também corrobora para uma gestão que peca no excesso de recursos materiais e de tempo de serviço”.

Medidas como coleta de óleo de cozinha para produção de sabão e biodiesel, cartão de crédito triturado sendo usado para fazer piso e porta-retratos, coleta seletiva com as devidas marcações de cores e descarte correto de lixo eletrônico são alguns dos exemplos citados pela assessora que exemplificam práticas sustentáveis. Nos últimos anos, o STJ economizou cerca de R$ 6 milhões com ações desse tipo, principalmente de consumo de materiais de expediente, ressaltou Ketlin.

Segundo a instrutora, o Ministério do Planejamento vai abdicar de 600 carros oficiais, o que resultará em uma economia de cerca de R$ 17 milhões aos cofres públicos. O Ministério Público Federal (MPF), juntamente com os ministérios públicos estaduais, adotou a prática das compras compartilhadas e tiveram reduções de 50% ou mais em suas aquisições de equipamentos. “Racionalizar bens e serviços é o futuro da administração pública no país. Vamos pensar como cidadãos, como contribuintes. Servidores fazendo gestão, servidores pedindo o que precisa, servidores se comunicando e trabalhando uns com os outros. Isso é sustentabilidade”, finalizou a palestrante.

A palestra pode ser acessada na íntegra no canal do CJF no Youtube. Clique aqui.