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CJF, TCU e MPOG promovem evento para discutir soluções inovadoras ao setor público

InovaGov

por publicado: 25/05/2017 17h51 última modificação: 25/05/2017 18h26
Representes dos órgãos e convidados participaram nesta quinta (25) do Inovação Aberta, em Brasília

Com o objetivo de engajar a sociedade civil, a academia e o setor privado para inovar e propor soluções conjuntas ao desenvolvimento do setor público, o Conselho da Justiça Federal (CJF), em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), realizou nesta quinta-feira (25) o evento “Inovação Aberta”, no Instituto Serzedello Corrêa (ISC /TCU), em Brasília.

Os três órgãos são os criadores da Rede Federal de Inovação no serviço público (InovaGov), que busca fomentar ações de inovação entre órgãos e entidades dos três poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), bem como contribuir para a interação com o setor privado, acadêmico, sociedade civil e iniciativas similares nos âmbitos estadual e municipal.  Dessa forma, o encontro faz parte das ações que o Inovagov promove para ampliar a sua rede que, atualmente, conta com a participação de 49 instituições públicas e 6 privadas.

Durante a solenidade de abertura do encontro, estiveram presentes, dentre outras autoridades, o presidente do TCU, Raimundo Carreiro; o ministro do MPOG, Dyogo Oliveira; e o secretário-geral do CJF, juiz federal Cleberson José Rocha. O presidente do TCU disse ser uma satisfação promover o evento com os demais parceiros. “Trata-se de um marco da expansão da Rede de Inovação no setor público. O objetivo dessa ação é promover a colaboração direta de diversos setores para o desenvolvimento de projetos voltados à inovação no setor público e que tragam benefícios de impacto para o cidadão”.

O ministro do Planejamento ressaltou que todos concordam que inovação é uma coisa boa. Porém, inovar exige mudanças, e esse é o ponto chave. “O problema é que inovar exige esforço e exige desprendimento, exige você deixar de fazer as coisas como fazia antes. Essa rede que nós criamos é uma instituição que percebe e sofre cotidianamente todos esses custos, da incapacidade do estado de se atualizar. Essa rede também é direcionada para criar pelo menos um ambiente de fomento, de discussão, de geração de ideias inovadoras na gestão”, afirmou.

Ao ter a palavra, o secretário-geral do CJF, Cleberson José Rocha, afirmou que é uma satisfação para o CJF participar da rede InovaGov.  “Questões sobre inovação estão sempre em discussão e nunca se esgotam. É da natureza das empresas buscar o novo. E o serviço público também está em busca de boas práticas para somar. Por isso, o evento de hoje demonstra a importância que se dá às inovações.  É importante ressaltar as dificuldades que o serviço público naturalmente tem, mas isso não é um empecilho, não quer dizer que não podemos avançar na melhoria dos processos e procedimentos”, disse ele.

Inovatalks e Pitch de projetos

Logo após a abertura, representantes de empresas privadas e de órgãos públicos participaram do Inovatalks, ocasião em que puderam contar quais são seus principais e mais importantes cases de sucesso que tratam de inovação. Entre os participantes estão a empresa Tellus, que falou sobre Inovação e Design de Serviços Públicos; a Universidade de Brasília (UNB), que abordou o Design Social; e a Fundação Getúlio Vargas (FGV), que discutiu sobre Dados, Gestão e Inovação: desenho e implementação.

Em seguida, durante o Pitch de Projetos, foi a vez da conferência do Secretário Estratégia e Governança do CJF, Ivan Bonifácio, que tratou da implantação do Ciclo de Governança da Justiça Federal e o Observatório da Estratégia, cases de sucesso do CJF.  A ideia, segundo ele, é atrair pessoas que tenham interesse em implantar o Ciclo de Governança em suas organizações.

“Nós o implantamos na Justiça Federal, que conta com mais de 1800 magistrados, 40 mil colaboradores, com um orçamento de R$ 10 bilhões e que possui uma produtividade anual de mais de três milhões de processos.  Então, se nós conseguimos fazer esse tipo de implementação, fazendo funcionar a estratégia num segmento inteiro da Justiça, nós podemos ajudar outras organizações a fazerem o mesmo”, disse Bonifácio.

O projeto Ciclo de Governança, de acordo com o secretário, cria condições para que se coloque em prática o Planejamento Estratégico da organização. Trata-se de um modelo que possui cinco perspectivas que se adotadas estimulam a estratégia.  “O primeiro é uma estruturação de uma rede colaborativa de governança; o segundo é pavimentar o solo para que a estratégia floresça, investindo em pessoas e tecnologias; depois passamos para a execução da estratégia que tem três princípios básicos (controle, melhoria e inovação); a partir daí a gente faz a avaliação do desempenho institucional para corrigir rumos ou manter os resultados na direção que a gente deseja e, por fim, divulgar”, esclareceu.

Na parte da tarde, os presentes puderam conhecer a experiência com inovação de diversos especialistas, participar de oficinas, feira de projetos sobre temas como capacitação de servidores públicos em análise de dados, introdução às ferramentas práticas de inovação social e Design Thinking (conjunto de métodos e processos para abordar problemas e propor soluções).