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Presidente do CJF promove abertura de seminário sobre direito e arte

CEJ

por publicado: 24/09/2018 13h33 última modificação: 24/09/2018 19h01
Finalidade é estimular a percepção de como as artes influenciam no campo jurídico

“Que a chuva há de regar para que a árvore frutifique”. Com essa analogia, o presidente do Conselho da Justiça Federal (CJF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, abriu o Seminário Direito, Justiça e Arte – influências recíprocas, na manhã desta segunda-feira (24), na sede do CJF, em Brasília.

O evento é um dos que marcam a despedida do corregedor-geral da Justiça Federal, ministro Raul Araújo, à frente da direção do Centro de Estudos Judiciários (CEJ). O objetivo da iniciativa foi estimular a percepção de como as diversas modalidades artísticas influenciam a formação do Direito e a aplicação das normas jurídicas, ao mesmo tempo em que são influenciadas por elas.

Para o presidente do CJF e do STJ, o seminário, além de pontuar o término da gestão do diretor do CEJ, integra as várias percepções da vida cotidiana com as atividades judicantes. “A ideia do ministro Raul de realizar o evento foi fantástica, porquê, até então, ninguém tinha tido essa ideia de trabalhar direito, Justiça e arte. E hoje eu vejo que esse seminário será apenas o primeiro... é a consagração dessa gestão, mas também simboliza a abertura da discussão da arte dentro da Justiça Federal, e, quiçá, possamos agora, como protagonistas, trazer esse debate para toda a magistratura nacional. Que a gente comece, agora, um movimento em prol da arte, principalmente, dentro da Justiça Federal”, manifestou o ministro Noronha.

Ao ter a palavra, o ministro Raul Araújo disse que a envergadura dessa discussão é de suma importância para ampliação da visão de mundo dos magistrados, pois, partindo das premissas da inovação, apresentam as várias mudanças vivenciadas pela humanidade. “A ideia desse congresso cultural foi prontamente abraçada pelo CEJ, na certeza de que estaremos trazendo à reflexão questões oportunas de alta relevância para o momento de transformações que a sociedade contemporânea atravessa, com significativos impactos no Direito e nas instituições que nele se apoiam – como o Poder Judiciário – e os profissionais que a ele se dedicam, bem como os que com ele se relacionam: advogados, defensores, membros do Ministério Público e, também, a comunidade de jurisdicionados. Nesses tempos de automação, intensificando a massificação das relações sociais, não se deve perder de vista que todas as modificações pelas quais o mundo vem passando têm como centro, e motivação maior, o ser humano”, destacou o coordenador-geral do evento.

Mesa redonda

Posteriormente à abertura do encontro, um bate papo descontraído reuniu os juízes federais Marcos Mairton (coordenador-científico do seminário), Márcio Maia, Ivan Lira e Laís Leite. Os temas abordados giraram em torno da relação do Direito com a música, literatura e cinema.

Também prestigiaram a conversa o professor de Direito Daniel Giotti de Paula; o cineasta Márcio Del Picchia; e o advogado e músico Ricardo Bacelar. Segundo os organizadores, o contato desses profissionais com as artes é de fundamental relevância para atuação profissional, fazendo-a mais sensível e, por consequência, mais humanizada.

Atividades complementares

Marcando o encerramento do Seminário Direito, Justiça e Arte – influências recíprocas, serão realizadas: a exibição de filme curta-metragem; inauguração do Centro de Memória do Conselho da Justiça Federal; apresentação do Espaço Arte, sob orientação do artista plástico Valdério Costa; lançamento da Ação Valer – iniciativa de fomento ao hábito de leitura; e, por fim, a participação da atriz Karla Karenina, e apresentação de MPB com a juíza federal Laís Leite e banda.