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Boas práticas de sustentabilidade na Justiça Federal são apresentadas no CJF
FLUI JF
“Para alcançar a sustentabilidade, é preciso caminhar ao lado da sociedade, com os mesmos valores e responsabilidades”. Com essas palavras, a secretária-geral do Conselho da Justiça Federal (CJF), juíza federal Simone dos Santos Lemos Fernandes, abriu o segundo dia do Encontro com as Bases, evento promovido pela Secretaria-Geral (SG) e Secretaria de Estratégia e Governança (SEG). O encontro ocorreu nos dias 9 e 10 de maio, na sede do órgão, em Brasília, e contou com a participação de magistrados, servidores e autoridades do Poder Judiciário.
O objetivo foi apresentar boas práticas e procedimentos para diminuir as despesas da Justiça Federal, gerindo, de forma mais eficiente, os recursos públicos. Foram apresentados aos participantes temas vinculados à sustentabilidade, como, por exemplo, eficiência energética e implantação de novas tecnologias. A iniciativa faz parte do FLUI JF, programa lançado pelo órgão em março para incentivar e captar práticas de sucesso na Justiça Federal que facilitem procedimentos judiciais, extrajudiciais e de administração judicial.
Ainda de acordo com a secretária-geral do CJF, o gasto do dinheiro público deve observar o tripé da preservação do meio ambiente, a questão econômico-financeira e a responsabilidade social. “A gente vive em uma sociedade desigual, e temos a obrigação moral de possibilitar essa integração, de forma a reduzir as desigualdades nesse país”, disse a juíza federal Simone dos Santos Lemos Fernandes.
Palestras
Na manhã de sexta-feira (10), foram apresentadas três palestras no Auditório Externo do CJF. A primeira delas foi ministrada por Jordana Lima, chefe de gabinete do conselheiro Valdetário Monteiro, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela falou sobre a importância do Plano de Logística Sustentável (PLS), ferramenta de planejamento que permite ao órgão estabelecer práticas de sustentabilidade e racionalização dos gastos e processos na administração pública, tema em que há uma contundente e reconhecida atuação do conselheiro do CNJ.
Na sequência, a assessora da Diretoria de Suprimentos, Infraestrutura e Patrimônio do Banco do Brasil, Kátia Silene de Oliveira Maia, falou sobre a experiência da instituição financeira no gerenciamento de energia elétrica, redução de resíduos sólidos e acessibilidade. Ela explicou, inclusive, que a universidade corporativa do banco já atua na formação e capacitação dos funcionários com base na fixação de tais preceitos.
Encerrando a rodada de palestras, o diretor-adjunto do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), professor Paulo Celso Gomes, apresentou um panorama do manejo de resíduos no Distrito Federal. Foi ressaltada na palestra a questão da coleta seletiva, a diversificação do recolhimento do material reciclável, os investimentos nos locais de destinação do lixo e a necessidade de uma educação ambiental.
Boas práticas
Por fim, o Encontro com as Bases reconheceu e enalteceu as boas práticas que buscam otimizar a prestação jurisdicional. O objetivo foi demonstrar projetos que possam despertar o interesse dos demais segmentos da Justiça Federal. Ao total, nove iniciativas foram apresentadas ao público.
Na ocasião, o juiz federal Rogério Moreira Alves falou sobre a instalação da usina fotovoltaica na Seção Judiciária do Espírito Santo. Depois, foi a vez do servidor da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul Jaderson Patrício falar sobre construções sustentáveis. Já a servidora Ana Paula Fernandes, da Seção Judiciária do Maranhão, trouxe o exemplo da iluminação LED com sensor de presença nas dependências daquela unidade judiciária. Os servidores Ana Lídia Diniz Brum e Robson Alberto Cruz falaram sobre o funcionamento da usina fotovoltaica da Seção Judiciária de Mato Grosso.
A diretora do foro da Seção Judiciária de Santa Catarina, juíza federal Claudia Maria Dadico, a diretora administrativa da unidade, Raquel Soares Bugarin Araújo, e os servidores Mariluza Panizzi e Rodrigo Nilson falaram sobre a opção de locação sob medida, que pode ser um modelo de menor impacto orçamentário para tornar viáveis futuras construções de sedes da Justiça Federal. A Seção catarinense também contribuiu com os projetos de redução de custos mediante utilização de placas de energia fotovoltaica, de substituição de bebedouros e de horta solidária e compostagem.
Representando o CJF, o supervisor do Setor de Rádio e TV (SETATV), Edgar Gomes de Melo Júnior, falou sobre o Mural Eletrônico, ferramenta de comunicação digital implementada com custo zero que economizou gastos com a impressão do informativo corporativo. A servidora da Seção Judiciária de Minas Gerais Silene Soares Lemos abordou a restrição no uso de copos descartáveis, e a servidora da Seção Judiciária de São Paulo Gisele Molinari Fessore explicou os detalhes da mudança de paradigmas com capacitação. Encerrando os casos de boas práticas, os servidores Raquel Rolim e Marcos Heleno Moura Filho trouxeram exemplos de iniciativas sustentáveis na Seção Judiciária do Ceará.