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Segurança cibernética é discutida no Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação da Justiça Federal

Enastic JF

por publicado: 08/04/2021 20h32 última modificação: 09/04/2021 12h41
O evento virtual promovido pelo CJF em parceria com o Judiciário Exponencial teve início hoje e prosseguirá nesta sexta-feira (9)

A programação vespertina desta quinta-feira (8/4) do Encontro Nacional de Tecnologia e Inovação da Justiça Federal (Enastic JF)realizado pelo CJF em parceria com o Judiciário Exponencial, abordou questões sobre invasão cibernética e inteligência artificial.  O evento gratuito 100% virtual prosseguirá na manhã desta sexta-feira (9/4). 

Na palestra Pontos Críticos de Proteção de Segurança da Justiça Federal”, o engenheiro de soluções Beethovem Dias, da Solutions Engineer F5explicou que a única forma de prevenir os ataques cibernéticos é por meio da estruturação de uma política de proteção absoluta que vai bem além da mitigação dos ataques“É preciso analisar o tráfego criptografado, melhorar a disponibilidade dos acessos e distribuir o tráfego entre o data center. Isso tudo faz parte da política de segurança de uma instituição, afirmou o especialista. 

 Já o painel A importância do uso de dados para gestão da inovação” trouxe exemplos reais de êxito. A coordenadora dCentro de Inteligência da Justiça Federal do Rio de Janeiro, juíza federal Priscilla Pereira da Costa Corrêa, falou sobre a ferramenta MonitoraPrevDe acordo com a magistrada, por meio do portal do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) é possível conhecer a realidade socioeconômica das pessoas que buscam a Justiça Federal para reclamar direitos previdenciários“Esse instrumento nos permite conhecer os temas mais judicializados no País, a CID das doenças que dão origem às solicitações e a quantidade de pedidos procedentes. Com essas informações podemos identificar e afugentar, por exemplo, a judicialização de ações aventureiras”, esclareceu a juíza.  

O desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) Paulo Sérgio Domingues destacou a experiência do Inovajus - um programa de gestão de dados idealizado para desenvolver soluções inovadoras que possam trazer mais eficiência ao Judiciário. “Os dados sozinhos não valem nada. Eles precisam ser organizados e tratados para terem uso e finalidade. A nossa equipe de gestão transforma dados brutos em ações estratégicas que trazem mais eficiência ao Judiciário”, afirmou Domingues. 

Resolução 372 do CNJ 

Sobre Resolução 372 do CNJque autoriza e regulamenta a informatização do processo judicial por meio da criação de plataforma de videoconferência denominada “Balcão virtual, o diretor de novos negócios da ISG Participações, Janssen Lobo, destacou que a pandemia acelerou o ritmo dos atendimentos via web.  

“Com o uso de inteligência artificial os serviços no Judiciário se tornarão 100% digitais e muito mais eficientes A Defensoria Pública de São Paulo já realiza seus atendimentos através de assistente virtual automatizado. Esse mecanismo faz uma pré-seleção dos processos e agiliza não só o atendimento à população, bem como o trabalho do advogado, afirmou Lobo. 

Inteligência artificial e a Justiça 

A juíza federal Isabela Ferrari, coordenadora acadêmica do Instituto New Law, ministrou a palestra Inteligência Artificial: Open Justice”. Na exposição, a magistrada falou sobre a transformação digital pela qual passa a Justiça brasileira ao adotar novas plataformas on-line para a resolução de litígios.  

“Por meio de ferramentas de inteligência artificial é possível catalogar as iniciais do rito processual. O computador é capaz de selecionar e sugerir jurisprudências aos juízes e até minutas de decisão para embasar julgamentos. Na AGU (Advocacia-Geral da União) há um programa específico para formular minutas de peças para os advogados públicos. É um enorme avanço”, concluiu a juíza. 

Tecnologias emergentes 

secretária-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (ENFAM), juíza federal Cíntia Menezes Brunetta, proferiu a oitava palestra do diacom o tema “Tecnologias emergentes no Poder Judiciário”.  

Em sua exposição, a magistrada afirmou que o Poder Judiciário vive um momento de revolução das tecnologias com o objetivo de aperfeiçoar a prestação jurisdicional nas áreas de recepção, apoio à decisão, otimização da atividade-fim e otimização para administração.  

Execuções fiscais 

painel “O futuro das execuções fiscais - Tecnologia e Inovação teve moderação do desembargador federal do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), José Carlos FranciscoComo desafios, o magistrado destacou a integração de tecnologia e inovação às integrações fiscais, e abordou uma série de aspectos que dão grandeza ao problema, como a migração rápida do ambiente de negócios e relações interpessoais para as bases digitais. 

Por sua vez, a procuradora da Fazenda Nacional e Doutora em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Rita Dias Nolasco, apresentou um vasto panorama dos projetos e das ferramentas que têm sido implementados na Procuradoria da Fazenda Nacional para tornar a execução fiscal mais eficaz e rápida. 

Já a juíza federal auxiliar da Presidência do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Lívia Cristina Marques, discorreu sobre o cenário da execução fiscal no Brasil e expôs as experiências dos sistemas desenvolvidos pelo CNJ para viabilizar uma prestação jurisdicional mais efetiva e uniforme, bem como para dar dinamicidade ao trâmite da execução fiscal.  

coordenador-geral de Estratégia de Recuperação de Créditos e procurador-geral adjunto de Gestão da Dívida Ativa da União e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), João Grognet, afirmou que o modelo brasileiro de execução fiscal está em transição e que, para torná-lo mais eficiente, é necessário mudar a forma de se gerenciar as execuções. 

Encerrando o painel, o juiz federal Marco Bruno Miranda Clementino refletiu sobre os princípios jurídicos que regem a atividade de execução fiscal e relatou suas experiências práticas com os sistemas aplicados pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte.  

Enastic JF 

Durante evento, os participantes estarão imersos em um ambiente de interação em 3D, com representantes da Justiça Federal, especialistas do mercado, do meio acadêmico e de profissionais da indústria criativa. 

Saiba mais sobre o encontro e sua programação no site do Enastic JF.