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TRF6 era necessidade não só de Minas Gerais, mas de todo o país, diz o ministro João Otávio de Noronha

JUDICIÁRIO

por publicado: 19/08/2022 18h34 última modificação: 19/08/2022 19h25
O magistrado era o presidente do STJ e do CJF quando foi aprovado o envio de projeto de lei ao Congresso para a criação do TRF6
Ministro do STJ João Otávio de Noronha

Ministro do STJ João Otávio de Noronha

Um dos maiores entusiastas da criação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), instalado nesta sexta-feira (19), o ministro João Otávio de Noronha destacou, em discurso na solenidade, que o novo tribunal beneficia a população não apenas de Minas Gerais, mas de todos os estados que integram a 1ª Região da Justiça Federal – os quais, a partir de agora, serão favorecidos pela redução do acervo processual do TRF1 – e, como consequência, de todo o Brasil. 

Noronha era o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Conselho da Justiça Federal (CJF) quando foi aprovado o envio de projeto de lei ao Congresso para a criação do TRF6. Mineiro de Três Corações (MG), o ministro lembrou que a idealização da nova corte remonta à década de 2000, quando a magistratura federal em Minas Gerais começou a discutir a possibilidade de uma nova corte com jurisdição no estado.  

A partir dessa semente inicial, relatou, abriu-se um debate nacional sobre a reestruturação e o aprimoramento da Justiça Federal, que envolveu diversos setores, em especial as instituições do Judiciário, do Legislativo e do Executivo, além da Ordem dos Advogados do Brasil. Segundo Noronha, foram essas reflexões que, em 2019, levaram à decisão de submeter ao Congresso o projeto de criação do TRF6, que se transformou na Lei 14.226/2021

Soluções modernas para os desafios orçamentários

Surgiram desafios do ponto de vista econômico e orçamentário, que foram superados, segundo o ministro do STJ, com soluções modernas e inteligentes, a exemplo do uso da tecnologia e do remanejamento de pessoal para evitar a elevação de custos.

"Não há dúvidas de que esse instrumento de prestação jurisdicional, que tem origem no reconhecimento do estágio de desenvolvimento político, econômico e social desta região, com um volume de relações sociais a exigir e a justificar a casa que ora se instala, significará justiça ágil e menos onerosa para todos quantos batem às portas deste segmento judiciário em busca da solução de litígios. Minas agora tem outros horizontes", declarou o ministro.

João Otávio de Noronha conclamou os primeiros desembargadores do TRF6 a seguirem os princípios jurídicos que garantem a tutela dos direitos e dos interesses legítimos, ainda que seja necessário superar impasses e divergências em benefício do jurisdicionado.

"Lembrem-se de que instituições fortes se constroem com cidadania forte, cujo exercício está umbilicalmente ligado ao acesso à Justiça. Quanto a isso, não há meios-termos", disse o ministro.

Fonte: STJ