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CJF dá início ao curso de consciência situacional aplicada à violência urbana para magistradas

Segurança

por publicado: 11/04/2024 17h16 última modificação: 11/04/2024 17h19
A capacitação tem continuidade nesta quinta-feira (11), com as oficinas de segurança pessoal

O Conselho da Justiça Federal (CJF), por intermédio da Assessoria Especial de Segurança Institucional e de Transporte (Assep), deu início, na tarde de quarta-feira (10), ao curso “Consciência situacional aplicada à violência urbana”. A capacitação é conduzida pela agente da Polícia Federal e instrutora da Academia Nacional da Polícia Federal, Ana Paula Ollé Pons, e destinada a magistradas federais.

A ação educacional tem por objetivo apresentar o conceito de consciência situacional aplicado à sobrevivência urbana, à segurança pessoal, à tomada de decisões em situações críticas e às violências urbana, doméstica e de gênero. Além disso, o encontro capacita as magistradas, na teoria e na prática, com observância às suas realidades, particularidades e nuances, quanto à prevenção e à sobrevivência frente a ações violentas do cotidiano moderno. 

Durante a abertura da capacitação, o secretário-geral do CJF, juiz federal Daniel Marchionatti, destacou que a promoção de treinamentos de segurança pessoal é um dever da administração do CJF, de modo a ampliar as condições de segurança necessárias aos membros da Justiça Federal: “É nosso dever proporcionar treinamentos de segurança aos juízes federais, bem como coibir e estar atentos às situações de risco que podem afetar a todos. Fico muito feliz com essa oportunidade de capacitação e tenho certeza de que será muito importante para estarmos alertas para essas situações”.

O assessor-chefe de Segurança Institucional e de Transporte do Conselho, Geovaldri Maciel Laitartt, salientou a importância da atuação do CJF como “órgão indutor de políticas públicas na área da Justiça Federal” e ressaltou o elevado número de casos de violência contra a mulher no Brasil. “O Conselho se preocupa com que as senhoras tenham segurança no dia a dia, porque isso influencia o exercício da atividade. A autonomia, a independência e o livre cometimento motivado são importantes para que as senhoras estejam realmente empoderadas da situação de segurança no cotidiano”, afirmou o gestor.

Teoria

O curso teve início na tarde de quarta-feira (10) com a aula teórica de consciência situacional. O encontro foi ministrado na sede do CJF, pela agente de Polícia Federal, Ana Paula Ollé Pons, e contou com contribuições da delegada de Polícia Federal e secretária de Segurança do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Denisse Dias Rosas Ribeiro.

No início da capacitação, as magistradas compartilharam experiências e vivências que sofreram no âmbito de suas vidas pessoais e profissionais, relatando violências urbanas, psicológicas, físicas e de gênero. A partir dos relatos, Ana Paula realçou que a consciência situacional serve para todos esses casos, por proporcionar reações mais racionais diante dos diferentes tipos de violência, ampliando a proteção à vida.

“A consciência situacional é caracterizada pela percepção dos elementos do ambiente, a compreensão dos significados dos elementos e a projeção dessa situação em um futuro próximo, que se concretizará em uma forma de tomada de decisão antecipada, induzindo a redução de erros”, explicou a agente.

A delegada Denisse Dias também informou que cada situação é única, não existindo conduta certa ou errada nem mesmo “receita de bolo” sobre como reagir, e pontuou que as violências contra mulheres ainda são agravadas pelo gênero: “Quando se trata de ações contra mulheres, nós entramos em outro patamar. A violência material, por exemplo, pode se tornar sexual ou algo do gênero, e nós precisamos antecipar isso para estarmos prevenidas”.

Na sequência, Ana Paula ressaltou a importância de se trabalhar a antecipação ao problema, de modo a evitar e diminuir situações de risco e se preparar caso seja necessário reagir, dependendo menos da sorte. A instrutora divulgou, também, dicas de segurança urbana para mulheres e reforçou a necessidade de treinar formas conscientes de reagir em momentos de perigo. “A sobrevivência começa muito antes do momento em que se precisa agir. Mantenha-se em estado de alerta, lute pela sua vida. Ao se sentir ameaçada, aguce e ouça os seus sentidos de sobrevivência”, indicou.

Prática

O curso tem continuidade nesta quinta-feira (11) com a realização de oficinas em que as magistradas participantes poderão colocar em prática os aprendizados teóricos obtidos. As atividades conduzidas pela instrutora Ana Paula Ollé Pons ocorrem durante todo o dia nos cenários da cidade cinematográfica da Academia Nacional da Polícia Federal.