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Ministro Fernando Gonçalves faz seus últimos julgados no STJ

publicado 16/04/2010 10h35, última modificação 11/06/2015 17h13

Um magistrado reconhecido por suas grandes qualidades e também como um indivíduo de grandes qualidades humanas, o ministro Fernando Gonçalves fez sua última participação em uma sessão de julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ministro, membro da Quarta Turma desde 2007, quando retornou do Conselho da Justiça Federal (CJF), se aposenta às vésperas de alcançar o limite obrigatório de 70 anos. Natural de Minas Gerais, o ministro ingressou no STJ em 1996, egresso do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Além de suas atividades no Tribunal, também atua como diretor da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) e professor de Direito Tributário.

O presidente da Quarta Turma, ministro João Otávio de Noronha, afirmou que decidiu “tomar” para si mesmo a honra de homenagear o ministro Fernando Gonçalves. Lembrou que seu colega que se aposenta serviu à magistratura nacional por quase 50 anos. “Segundo um filósofo, ‘Tudo é grande quando a alma é grande’, e por isso tudo é grande com Fernando Gonçalves, pois tem uma grande alma e um grande coração”, afirmou Noronha. Para o presidente da Turma, o ministro deixa saudades e admiração.

O ministro Noronha também lembrou da humildade do ministro Gonçalves, na verdade uma expressão da dignidade humana. “Ninguém sabe tanto ao ponto de não precisar aprender sempre”, destacou o ministro. O presidente lembrou a paciência que o ministro sempre teve para ouvir os mais jovens, inclusive ele mesmo. “Pena não haver mais ‘Fernandos’ nos tribunais”, gracejou.

Um representante dos advogados e outro dos funcionários também homenagearam o ministro. O próprio ministro Fernando Gonçalves terminou a homenagem destacando que, “dentro de suas poucas habilidades, tentou ser fiel ao direito”. Na ocasião, agradeceu a colaboração de sua família, aos servidores do tribunal e a seus colegas. Por fim disse que hoje terminava sua carreira, afirmando, em tom de brincadeira, que “seu reino não era mais desse mundo”.

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