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Homem ligado ao comerciante iraniano tem liberdade negada

publicado 15/12/2010 13h40, última modificação 11/06/2015 17h13
Crimes estariam ligados ao contrabando de eletroeletrônicos em Fortaleza

Carliano Alves da Silva teve seu pedido de soltura negado pela Justiça Federal. A 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) negou habeas corpus, por unanimidade, nesta terça-feira (14) a um dos acusados de ter executado o empresário Carlos José Medeiros Magalhães e a mulher dele, Maria Elisabeth Almeida Bezerra. O casal teria testemunhado crimes da autoria intelectual do comerciante iraniano radicado em Fortaleza, Farhad Marvizi, 47 anos.

Os crimes estão relacionados ao atentado sofrido pelo auditor José de Jesus Pereira, então chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal do Brasil, em Fortaleza. Em 09 de dezembro de 2008, Jesus Pereira levou cinco tiros no cruzamento das ruas Meruoca e Dr. José Lino, no bairro da Varjota, Fortaleza, disparados por dois motoqueiros, ainda hoje não identificados pela polícia. O servidor público ainda hoje possui sequelas físicas.

A Polícia Federal começou atuar no caso em virtude das investigações realizadas pela equipe da Receita Federal nas lojas de eletroeletrônicos de Farhad Marvizi, localizadas em três shopping’s de Fortaleza, e das consequências que a apuração acarretou. Além da apreensão de mercadorias, em valores que superaram R$ 1 milhão, o iraniano passou também a responder processo penal por crime de descaminho (sonegação de impostos em importação), em virtude das autuações da Receita Federal, realizadas no período de 2006 a 2008.

O atentado a Jesus Pereira foi encomendado pelo iraniano ao eletricista Francisco Cícero Gonçalves de Sousa pela quantia de R$ 15 mil, com intermediação de Carlos Magalhães. Após o atentado, que vitimou Jesus Pereira, Cícero Gonçalves, que já havia recebido R$ 7 mil de adiantamento, passou a cobrar do iraniano os R$ 8 mil restantes.

Inconformado com as cobranças de Cícero Gonçalves e, com a colaboração para a polícia, de Carlos Magalhães, Farhad Marvizi planejou a execução dos dois. No momento da execução de Carlos Magalhães também foi morta sua esposa, Maria Elizabeth Almeida Bezerra. Esses crimes foram encomendados por Carliano Alves, ao preço de R$ 80 mil, a um homem conhecido por “Lú” e a um menor. A contratação desses pistoleiros caberia ao sargento da PMCE Jean Charles Libório. Após operação da Polícia Federal, Farhad Marvizi e o sargento Libório foram presos e encaminhados à Penitenciária Federal de Campo Grande (MS).

HC 4123 (CE)

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