Você está aqui: Página Inicial > Outras Notícias > 2010 > Setembro > Desenvolvimento sustentável abre jornada de Direito Ambiental da Esmaf

Desenvolvimento sustentável abre jornada de Direito Ambiental da Esmaf

publicado 15/09/2010 16h25, última modificação 11/06/2015 17h13

Nesta terça-feira, dia 14 de setembro, foi aberta a I Jornada de Direito Ambiental da Escola de Magistratura Federal da 1.ª Região (Esmaf). O evento estende-se até o dia 17, na capital do Amapá, Macapá.

O diretor da Esmaf, desembargador federal Hilton Queiroz, ao abrir a jornada, falou dos contrastes do Brasil, e das riquezas da Amazônia. “Será um momento de reflexão para todos nós aqui presentes, para sabermos o que podemos fazer para preservar o meio ambiente”, disse o magistrado.

A primeira conferência foi ministrada pelo desembargador Gilberto de Paula Pinheiro, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amapá. Ele falou sobre o tema “Amazônia e o Desenvolvimento Sustentável”.

O magistrado abordou as dimensões territoriais e as peculiaridades regionais da Amazônia. “Essa região representa 60% do território nacional, mas é comum as pessoas terem um desconhecimento total da Amazônia; pensam que ela é uma só. Às vezes as pessoas visitam Manaus e acham que já conhecem toda a região Amazônica”, disse o palestrante.

Segundo ele, é preciso desenvolver a Amazônia sempre procurando um ponto de equilíbrio entre a natureza e o homem. “Quando o ser humano chega, ele causa impacto ambiental; precisamos evitar que haja desmatamento, mas temos que ter uma preocupação com o desenvolvimento dessas 25 milhões de pessoas que vivem na região”, explicou o desembargador.

O magistrado destacou que a região Amazônica possui um quinto da água doce do planeta e mais de três mil espécies de peixes. Com o propósito de oferecer um parâmetro, lembrou que o Pantanal tem pouco mais de trezentas.

Gilberto de Paula afirmou ser “um erro destruir a floresta para a criação de gado” e ser preciso ensinar aos pecuaristas a maneira correta de criação, sem comprometer o meio ambiente.

Para ele, o investimento em pesquisa é fundamental para o desenvolvimento da Amazônia e para a preservação da floresta. O palestrante falou ainda da agricultura dos povos indígenas, do ecoturismo, da colonização dos europeus, das plantas da região, da biopirataria e da biotecnologia.

http://www.trf1.gov.br