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TRF1: Sequestro internacional de crianças é tema de conferência

publicado 29/03/2011 14h50, última modificação 11/06/2015 17h12

A Escola de Magistratura Federal da 1.ª Região (Esmaf) promoveu, nesta segunda-feira, dia 28, a conferência “Sequestro Internacional de Crianças”, no Salão Nobre do Tribunal. A palestra foi proferida pela procuradora de justiça da Procuradoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro, Nádia de Araújo, que possui vasta experiência em direito internacional privado e convenções internacionais. Além da conferencista, compuseram a mesa os desembarga­dores federais Olindo Menezes, presidente do Tribunal, e Mônica Sifuentes, representando o diretor da Esmaf, Carlos Moreira Alves.

A procuradora considerou o tema de extrema relevância, devido ao número crescente de processos relacionados a guarda de menores cujos pais residem em países diferen­tes. No ano passado, pelo menos 104 ações de sequestro internacional de crianças foram ajuizadas na Justiça Federal. Atualmente, segundo dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República – autoridade central sobre o tema no Brasil –, de seis a nove casos são protocolizados semanalmente.Nádia revela, contudo, que a complexidade do Direito Internacional Privado e os embates entre as leis divergen­tes das cerca de 70 nações que integram a convenção de Haia, consolidada em 1980, requerem mais preparo dos magistrados para julgar as ações de retorno.

 “Há uma ca­rência muito grande da técnica da disciplina”, afirmou. A conferencista também observou um fenômeno recorrente nos últimos anos: a retirada do filho, pela mãe, da guarda do pai, situação oposta ao que ocorria com frequência nas décadas passadas.Após a explanação, a procuradora abriu espaço para discussão com os juízes federais e servidores presentes. O diretor da Esmaf, desembargador federal Carlos Moreira Alves – embora em férias –, e o desembargador federal Daniel Paes Ribeiro também assistiram à conferência.

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