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Juiz de Mato Grosso vive há seis anos com segurança

publicado 15/04/2009 16h31, última modificação 11/06/2015 17h10

O juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, foi um dos articuladores da proposta de proteger os juízes de primeiro grau que julgam integrantes de organizações criminosas contida no Pacto Republicano, assinado ontem pelos presidentes dos 3 poderes, em Brasília.
Vítima da periculosidade das organizações criminosas e de seus membros, Julier tem segurança permanente de agentes federais há 6 anos, desde quando iniciou processos contra o bicheiro João Arcanjo Ribeiro, chefe do crime organizado em Mato Grosso.
Quando era membro da diretoria da Associação de Juízes Federais (Ajufe), o magistrado formou uma Comissão de Segurança. O objetivo era estudar garantias extras aos magistrados que julgam organizações criminosas. Uma das propostas é que, ao invés de julgarem sozinhos as lideranças de facções criminosas, os magistrados poderão compor um colegiado específico para esses casos.
Sendo assim, o julgamento na primeira instância se assemelharia ao da segunda instância, onde é um colegiado quem decide o futuro do réu. Segundo Julier, essa possibilidade não retira a independência do magistrado, já que cabe a ele optar ou não pelo colegiado.
O texto foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e pelos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP).