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Audiência pública debate questões sobre vazamento de amônia no Rio Sergipe

publicado 08/01/2009 10h55, última modificação 11/06/2015 17h11

Ocorreu, na tarde desta quarta-feira (07/01), a audiência pública para discussões acerca do derramamento de amônia nas águas do Rio Sergipe, configurando-se como ré a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen-SE). De acordo com a juíza da 1ª Vara Federal, Telma Santos, o objetivo do debate é avançar no andamento do processo. "Trata-se de uma questão delicada e muito valorizada nos dias de hoje, que é a preocupação com o meio ambiente", declarou a magistrada na abertura da sessão.
No dia 5 de outubro de 2008, pescadores do município de Maruim se depararam com uma grande quantidade de peixes mortos na região do rio, localizada próxima à Fafen-SE. O acontecimento teve grande repercussão na mídia e foi apurado pela Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), que realizou a coleta de água do rio e constatou que a morte dos peixes foi causada por derramamento de amônia. Com a alegação de defender o meio de sobrevivência dos associados por intermédio da conservação do patrimônio natural, a Associação de Pescadores de Bairros e Povoados da Cidade de Maruim ingressou com uma ação civil pública contra a Fafen-SE.
Durante a audiência, a parte autora do processo, representada pela presidente da associação de pescadores, Agailda Vieira Gomes, declarou-se representante de 200 associados, além de defensora da causa que envolve cerca de 430 famílias dependentes diretamente da pesca. "Eu vejo que falta peixe no rio. Além disso, está faltando o alimento dos pescadores", avaliou Agailda.
A Fafen-SE, representada pela advogada Cristiane Angélica de Aguiar Déda, se manifestou alegando que, desde o dia em que foi detectada a mortandade dos peixes, a fábrica vem tomando as medidas cabíveis para solucionar o problema. "A nossa postura neste momento é de reiterar a responsabilidade da empresa em relação ao acidente. A Fafen tem um compromisso social e se esforça para evitar ao máximos os danos", declarou Cristiane Angélica. A advogada acrescentou que em toda a história da fábrica, esta foi a primeira vez que ocorreu um acidente deste tipo.
Ao fim dos trabalhos, a juíza Telma determinou que as partes deverão apresentar propostas e chegar em um acordo até o dia 13 de fevereiro, quando ocorrerá uma nova audiência.

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