STJ: 4ª Turma se despede do desembargador Carlos Mathias
Foram vinte meses de atuação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma passagem aclamada pelos ministros da Quarta Turma como marcante. O desembargador federal convocado Carlos Fernando Mathias despediu-se de suas atividades no Tribunal nesta quinta-feira (19). Ele completa 70 anos no próximo dia 25 de março e se aposenta do serviço público.
Vindo do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), o desembargador foi convocado em agosto de 2007 para atuar no STJ. Compôs, inicialmente, a Sexta Turma. Posteriormente, transferiu-se para a Segunda Turma e encerrou a passagem pelo Tribunal na Quarta Turma, tendo passado por todas as seções da Corte.
Em nome da Turma, o ministro João Otávio de Noronha endereçou ao desembargador palavras de agradecimento, admiração, respeito e devoção. Lembrou os longos anos de advocacia de Carlos Mathias, sua atuação como procurador do Distrito Federal, como professor da Universidade de Brasília e como magistrado do TRF1, onde foi presidente.
O ministro Noronha afirmou que o desembargador "abrilhantou a jurisprudência do STJ" e que sempre se destacou pela cultura, pelo saber reconhecido, aliado à amabilidade e ao prazer da convivência com ele. "Vossa Excelência nos deixa em termos de trabalho, mas não em termos de memória", disse o ministro.
O representante do Ministério Público Federal, subprocurador-geral da República Durval Tadeu Guimarães, aliou-se à homenagem, lembrando a erudição e esfuziante simpatia do desembargador convocado.
Da mesma forma, o advogado e ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Aldir Guimarães Passarinho manifestou sua admiração e respeito a Carlos Mathias. "Sua ausência será uma grande lacuna sentida por todos os ministros". O advogado observou a personalidade singular do desembargador: culto, arguto, ponderado, espirituoso, bem-humorado e de excelente convívio.
O desembargador Carlos Mathias agradeceu as palavras, que considerou generosas. Disse que saudade é a vontade de ver de novo, o que já sentia pelos ministros do STJ. "Que bom que nós sejamos latinos, pois temos uma palavra bela para despedida: adeus, as cinco letras que choram", disse.
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