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Anulação de incorporação de militar é considerada legal pela 2ª Turma

publicado 08/11/2012 11h00, última modificação 11/06/2015 17h11

A 2ª Turma deste Tribunal manteve sentença que julgou improcedente pedido de cidadão que teve anulados os efeitos de sua incorporação ao Exército Brasileiro por haver omitido doença pré-existente e incapacitante.

Em apelação, o recorrente afirma que, ao tempo da incorporação ao serviço militar, sua depressão estava controlada, e foi considerado apto em exame admissional.

Entretanto, após um treinamento militar, desmaiou. Pouco tempo depois, tentou suicídio e foi internado em hospital especializado em doenças mentais. Afirma que o Exército o desamparou e que tem garantia de assistência médica, na condição de militar, a teor da Lei 6.880/80, estando agora irreversivelmente incapacitado. Requer o afastamento dos efeitos da anulação de sua incorporação, inclusão como adido e posterior transferência para a inatividade.

A relatora do processo, desembargadora federal Neuza Alves, considerou, primeiramente, que o cancelamento de incorporação está previsto no art. 138 do Dec. 57.654/66 e na Lei 4.375/64. Apontou também jurisprudência desta corte, que admite a anulação de incorporação por doença pré-existente (AMS 0000816-90.2001.4.01.4200/RR, Rel. Juiz Federal Mark Yshida Brandão, 1ª Turma Suplementar, e-DJF1, p. 770, de 07/10/2011).

Afirmou ainda que o militar temporário permanece na ativa por prazo determinado e enquanto for conveniente para a administração. Assim, tendo sido detectada, por meio de sindicância, doença incapacitante anterior à incorporação do recorrente e por ele ocultada, o problema que enfrentou durante o treinamento militar não pode ser reconhecido como moléstia funcional.

Para a relatora, portanto, não foi demonstrada ilegalidade do ato do Exército, devendo a sentença ser mantida integralmente.

A decisão da Turma foi unânime.

 AC 0001153-41.2011.4.01.3000

 Fonte: Assessoria de Comunicação Social do TRF da 1ª Região