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Espaço preservará a memória da Justiça Federal gaúcha

publicado 08/11/2012 16h50, última modificação 11/06/2015 17h11

A casa como espaço de preservação da memória. Parafraseando esse conceito do filósofo Gastón Bachelard, a diretora do Núcleo de Documentação da Justiça Federal do RS (JFRS), Rita Vieira da Rosa, deu início à cerimônia que marcou a criação do Memorial da JFRS. O evento aconteceu ontem (7/11), no auditório do prédio-sede da instituição, em Porto Alegre.
Em sua fala, Rita ressaltou a importância da preservação de objetos e processos que compõem a história do Judiciário e da sociedade brasileira, e da criação de um lugar onde possam se tornar acessíveis à população. “Os autos findos são registros das atividades desta instituição. No entanto, vão muito além do registro de uma simples ação judicial; são retratos das relações sociais, das noções de direito, ética e moral”, afirmou.
O diretor do Foro da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, juiz federal Eduardo Tonetto Picarelli, reforçou as palavras da diretora. “Os autos findos constituem o mais importante patrimônio cultural do Judiciário e a gestão documental tem mostrado isso”, assegurou. Conforme Picarelli, será realizado um esforço para que as obras de estruturação do memorial sejam realizadas ainda no primeiro semestre de 2013.
Representando a presidência do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) na solenidade, o desembargador federal Cândido Alfredo Silva Leal Júnior comentou sobre a inter-relação que existe entre a trajetória individual de magistrados e servidores e o desenvolvimento coletivo das instituições. “Estou vivendo isso pessoalmente. Na Justiça Federal eu era o juiz mais antigo, por isso, lembro de muitas histórias, situações que representam formas de vida, quase do nosso folclore. No tribunal, eu sou o juiz mais novo, pouco sei sobre essa nova casa e tenho muito a aprender. Daí vem a importância desses projetos de resgate de memória”, avaliou. “Felizmente, vejo que o Judiciário, cada vez mais, se preocupa com isso”, concluiu.
A cerimônia contou, ainda, com uma exposição de processos e objetos históricos, além da exibição da peça “45 Anos da Justiça Federal do Rio Grande do Sul”. A representação teatral foi produzida a partir das memórias da primeira funcionária da Justiça Federal gaúcha, Neusa Arsilda de Negri. Em cena, a atriz Fernanda Petit vestiu o mesmo traje que a servidora usou em sua posse, no ano de 1967.
O Memorial da Justiça Federal gaúcha será instalado no 9º andar do prédio da instituição. Doações de objetos e documentos para o acervo podem ser efetuadas para o Núcleo de Documentação (fone 51 3214.9095).

Fonte: Imprensa JFRS