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Justiça Federal do RS desenvolve sistema de conciliação em meio virtual

publicado 13/11/2012 15h50, última modificação 11/06/2015 17h11

Em reunião de trabalho realizada nesta terça-feira (13/11), em Porto Alegre, a Justiça Federal do RS (JFRS) apresentou uma ferramenta especialmente desenvolvida para a prática de conciliação por meio do sistema de processo eletrônico (e-Proc V2). Voltado inicialmente aos processos de execução fiscal ajuizados pelos conselhos de fiscalização profissional, o dispositivo permite, por meio de um fórum privado, que as partes negociem os valores devidos e cheguem a um acordo, evitando etapas como, por exemplo, a penhora de bens.

No início do encontro, o diretor do Foro da Seção Judiciária do RS, juiz federal Eduardo Picarelli, ressaltou que a iniciativa é mais um importante passo na disseminação das soluções autocompositivas de litígios. “Mais do que uma ferramenta que estamos disponibilizando para que as partes possam colaborar com a Justiça, trata-se de um incentivo para que busquem participar ativamente da solução dos conflitos”, afirmou.

A juíza titular da 5ª Vara Federal da capital, Ingrid Schroder Sliwka, lembrou que a funcionalidade foi inspirada no trabalho desenvolvido pelo juiz catarinense Eduardo Didonet Teixeira. Segundo Ingrid, a intenção é facilitar o diálogo entre autor e réu, sem a interferência do Judiciário.

Por meio do sistema, o executado poderá encaminhar ao exeqüente uma proposta para quitação do débito. Caso seja aceita, a sugestão dará origem a um termo de acordo, que, assinado digitalmente, será automaticamente anexado ao processo, tudo de forma simples, ágil e eletrônica.

Representantes do Conselho Regional de Farmácia (CRF/RS), do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/RS), da Caixa Econômica Federal (CEF) e do Tribunal regional Federal da 4ª Região participaram da demonstração, que também contou com a presença de magistrados e servidores da JFRS. O sistema ainda está sendo testado e aperfeiçoado, mas o uso também em ações de execução de títulos extrajudiciais já está sendo estudado; sendo possível, ainda, a ampliação da ferramenta para outros tipos de processo