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Realizado o primeiro mutirão de saúde na penitenciária de segurança máxima

publicado 07/11/2012 12h50, última modificação 11/06/2015 17h11

A Justiça Federal, em parceria com o Hospital de Base, Ministério Público Federal, Secretaria Estadual da Saúde, Defensoria Pública da União e a direção da Penitenciária Federal do Estado, realizou, no início deste mês de novembro, o primeiro mutirão de saúde na penitenciária federal de segurança máxima do Estado de Rondônia. Segundo o juiz federal Marcelo Meireles Lobão, idealizador do projeto e defensor de uma política de reinserção social para os detentos, o fato é inédito em todo o sistema penitenciário federal, sendo a primeira vez que presidiários da jurisdição federal são beneficiados com a prestação de serviços médicos dentro de uma dessas unidades prisionais. Na opinião do juiz Marcelo Lobão, “Ações como essas, a par de auxiliarem na humanização do sistema e observância de normas específicas sobre o direito de qualquer cidadão a tratamento médico adequado, asseguram o controle de doenças comuns em ambientes de clausura, protegendo os internos, agentes penitenciários, familiares e autoridades”.

Durante o mutirão, foram oferecidos aos internos daquele estabelecimento carcerário atendimento com especialistas nas áreas de oftalmologista, psiquiatria e cardiologia, bem como coleta de sangue para exames de hemograma e eletrocardiograma em vinte e seis internos. Já no dia primeiro, quatorze internos tiveram atendimento com cardiologista. Esse grupo foi composto pelos detentos que sofrem de hipertensão arterial sistêmica (HAS), pois são os que possuem maior probabilidade de apresentar algum problema relacionado ao coração. No mesmo dia, foram atendidos trinta internos pelo médico psiquiatra.

O médico oftalmologista prestou atendimento no dia 03/11. Ele cedeu seus equipamentos para que a consulta pudesse ser prestada com qualidade. Na quinta-feira, 01/11, os aparelhos foram pegos em seu consultório e montados na enfermaria da Penitenciária Federal de Porto Velho. Trinta internos foram atendidos por esse profissional. Esse grupo foi formado pelos internos que já possuíam encaminhamento para a especialidade (num total de 12) e por aqueles que, devido a idade, possivelmente já poderiam desenvolver alguma patologia na visão.

No dia 01/11, o atendimento iniciou-se às 09h e estendeu-se até aproximadamente às 16 horas. No sábado, foi de 08h30 às 13h. Na avaliação do diretor da penitenciária, delegado federal Jones Leite, o resultado do mutirão foi muito positivo, “pois podemos prestar um atendimento especializado a um número muito grande de internos, fato que seria totalmente inviável caso tivéssemos que levá-los a rede pública externa. Além do mais, inexistiram os riscos que há em uma escolta médica, riscos esses que são suportados tanto pelos integrantes da escolta quanto pela população em geral” - disse ele.