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TRF3 realiza ciclo de palestras sobre Hidrovias Brasileiras

publicado 27/05/2015 01h08, última modificação 11/06/2015 17h11

O Tribunal Regional Federal da 3ª Região deu início hoje (30/11) ao ciclo de palestras "Reflexões sobre Navegação e Segurança nas Hidrovias Brasileiras - Um olhar sobre a hidrovia Tietê-Paraná". O curso acontece até amanhã (1º/12), no auditório da Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região (Emag), localizado na Avenida Paulista nº 1.912 - 1º andar - Edifício Funcef Center.

O evento é uma realização da Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região e do Instituto de Estudos Marítimos. Tem a coordenação do desembargador federal Newton De Lucca, diretor da Emag, e do professor e diretor do Instituto de Estudos Marítimos, André Benevides de Carvalho.

A primeira palestra do dia foi ministrada pelo superintendente de Navegação Interior da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), José Alex Botêlho de Oliva, que apresentou um panorama da navegação interior no Brasil, comparando-a com outras modalidades de transporte. Para ele, “hoje não há mais espaço para pensar em apenas uma modalidade de transporte e sim em um Brasil continental integrado por vários modos de transporte, com ferrovias, hidrovias e rodovias interligadas, sem falar no transporte aéreo e dutoviário. Deve-se pensar em um Planejamento Estratégico Multimodal”.

Segundo o palestrante, “atualmente 13 mil quilômetros de hidrovias são utilizadas economicamente, apesar de termos 29 mil quilômetros disponíveis naturalmente e 63 mil quilômetros que estariam disponíveis com algumas intervenções. Em comparação aos 65 mil quilômetros de rodovias federais, praticamente dobraríamos nossa capacidade de transporte”.

Para se ter uma idéia do baixo investimento que se faz nas hidrovias, o palestrante afirmou que no Brasil, existem apenas 20 eclusas, sendo 12 no estado de São Paulo. “Em comparação, há 17 eclusas na Bélgica e 96 na Holanda”. Outro problema é que, apesar de o Brasil possuir 68 portos, sendo 30 relevantes, 18 são de maior porte e 75% de toda a carga se concentram em apenas oito.

Para o palestrante, investir em hidrovias é também pensar na questão ambiental: “Atualmente, 60% da carga brasileira é transportada por caminhões. Se colocássemos em funcionamento todo o potencial hidroviário brasileiro, tiraríamos 360 mil caminhões de circulação, desafogando a malha urbana. Contribuiríamos para uma menor emissão de CO2. Se levarmos em consideração que 90% das emissões de CO2 vem da queima de componentes do petróleo como o diesel. Podemos afirmar que investir em hidrovias é uma ação em favor do meio ambiente”.

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