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Conselheira do Departamento de Segurança Interna dos EUA encerra simpósio internacional no TRF3

publicado 30/10/2012 15h10, última modificação 11/06/2015 17h12

“Educar a população sobre o tráfico humano e o que acontece no nosso meio”. Essa é a principal preocupação do governo americano segundo a conselheira do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (EUA), Alice Hill, no que diz respeito ao tráfico de pessoas. Ela esteve no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) para abordar o tema no encerramento do II Simpósio Internacional sobre Tráfico de Pessoas, evento organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Escola de Magistrados da Justiça Federal da 3ª Região (Emag) nos dias 25 e 26 de outubro. O adido civil da embaixada americana, Gabriel Gonzáles, compôs a mesa.

Alice Hill participou do evento no dia 26 de outubro e falou sobre a questão do ‘Enfretamento ao tráfico de pessoas nos EUA’ para magistrados, promotores, procuradores, defensores públicos, acadêmicos entre outros participantes do simpósio.

“Eu estou aqui hoje para dividir o que estamos fazendo nos EUA, em nível federal, para combater o tráfico humano. Para nós, o tráfico de pessoas inclui tanto o trabalho escravo quanto a exploração sexual”. A conselheira acredita nas parcerias entre os países e na troca de experiências entre os participantes do Simpósio como forma de combater o problema.

Alice Hill explicou que o tráfico humano é uma questão central e preocupante para o governo americano. Ela apresentou um trecho de um discurso do presidente Barack Obama, proferido na Organização das Nações Unidas (ONU), no dia 25 de setembro: “Nossa luta contra o tráfico humano é uma das grandes causas relacionadas com os direitos humanos em nosso tempo, e os Estados Unidos vão continuar a liderá-la em parceria com vocês”, disse o presidente.

Para Alice Hill, o tráfico humano é um negócio crescente e muito lucrativo para os envolvidos no processo. Segundo ela, as pessoas são aliciadas de tal forma, mental e fisicamente, que não conseguem participar das audiências nos tribunais, dificultando a condenação dos criminosos.

De acordo com a conselheira, um dos maiores desafios do governo é o de convencer os cidadãos americanos, que não acreditam na existência do crime no país. Segundo ela, muitos policiais e oficiais que zelam pelo cumprimento da lei também têm dificuldades em reconhecer o crime.

“Quando eles vão a uma festa, que tem mulheres no fundo da sala, eles não pensam que talvez estas mulheres estejam em uma situação de escravidão ou servidão. Em outra situação, por exemplo, na estrada quando ocorre uma batida, eles não se dão conta que talvez, as pessoas no carro não tenham posse de seus documentos e estejam lá em uma situação de servidão ou escravidão”, contou.

Para contornar esta situação a palestrante explicou que os policiais que trabalham nas 18 mil delegacias de polícia no país estão recebendo treinamentos em programas educativos, através de vídeos e vinhetas no computador para que possam identificar quais são os sinais do tráfico humano. Segundo ela, o governo também está aumentando o treinamento de todos os funcionários públicos para que quando entrarem em contanto com uma vítima, saibam o que fazer e de que forma ajudar.