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TRF2: história da antiga sala de sessões do STF no CCJF

publicado 27/05/2015 01h09, última modificação 11/06/2015 17h12

Dando continuidade às comemorações do centenário de construção do prédio que hoje abriga o Centro Cultural Justiça Federal, o CCJF inaugurou, no espaço onde está localizada a antiga sala de sessões do Supremo Tribunal Federal, o que há de mais moderno em equipamento de projeção, para contar a trajetória da Corte em imagens projetadas sobre um painel “invisível”. Tornando o espaço um misto de antigo e moderno, perfeitamente harmonizados, o equipamento, que se assemelha a uma tela de vidro suspensa, exibe imagens, como uma foto da primeira sessão ocorrida na sala, em 1909.

Desde a transferência do mobiliário original do STF para o CCJF, em setembro de 2006, é possível conhecer a antiga sala de sessões: ambiente onde atuaram nomes que tiveram papel decisivo na construção das instituições jurídicas e da cidadania brasileiras, como Nelson Hungria, Pedro Lessa, Edmundo Muniz Barreto, Augusto Olympio Viveiros de Castro, Hermenegildo de Barros, Antonio Bento de Faria e Rui Barbosa.

O Palácio da Justiça Federal, que foi sede do STF durante 51 anos - de 1909 a 1960 -, foi construído no início do século, na então Avenida Central, hoje Avenida Rio Branco. Projetado por Adolpho Morales de Los Rios, prestigiado arquiteto do Rio na virada do século, o prédio foi concebido, inicialmente para ser o Palácio Arquiepiscopal. Adquirido pelo Governo Federal, foi adaptado para servir de sede à mais alta corte da Justiça Brasileira.

Com a mudança do STF para Brasília, em 1960, o prédio do CCJF foi ocupado, sucessivamente, por varas de Fazenda Pública e pela Justiça Federal. Degradado, o prédio começou a ser restaurado em 1994, graças a um convênio firmado entre o  TRF2, a Caixa Econômica Federal e o Instituto Herbert Levy. Durante as obras, foi feita a restauração artística das paredes, dos medalhões e de obras de arte como os três painéis do forro da Sala de Sessões, de autoria de Rodolpho Amoedo; a estátua em bronze da Justiça, encimando a fachada do prédio, executada na França pela Fundição Val D'osne; e as 3 portas de madeira da entrada principal entalhadas pelo artista português M.F.Tunes.

A recuperação do prédio, sem ônus para o Tesouro Nacional, compreendeu, além da restauração artística, a restauração arquitetônica, o reforço estrutural e instalações técnicas, como ar-condicionado central, informatização e iluminação. Em novembro de 2001 o TRF2 apresentou à cidade do Rio de Janeiro as obras de restauração da antiga sede do Supremo Tribunal Federal, que passou a constituir, junto com o Museu Nacional de Belas Artes, a Biblioteca Nacional, o Palácio Pedro Ernesto (Câmara dos Vereadores) e o Teatro Municipal o conjunto histórico da Cinelândia.
      

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