Você está aqui: Página Inicial > Outras Notícias > 2012 > Setembro > TRF3: mutuários fecham acordo em mutirão

TRF3: mutuários fecham acordo em mutirão

publicado 27/05/2015 01h10, última modificação 11/06/2015 17h13

Para colocar fim à angústia de brasileiros que querem renegociar  dívidas de  financiamento dos imóveis, o TRF3 organiza dentro da Semana Nacional de Conciliação – Meta 2 um mutirão para analisar processos do Sistema Financeiro da Habitação.
Em São Paulo, só na tarde da quinta-feira (17), cerca de 60 mutuários se reuniram com juízes federais e representantes da Caixa Econômica Federal para renegociar dívidas. Entre eles, estava o comerciante Carlos Alberto Martins Pereira que comprou em 1991 uma casa de dois dormitórios no bairro de Pirituba, na capital paulista.
O mutuário conta que entrou com uma ação na Justiça Federal em 1999, quando o valor da prestação do financiamento do imóvel ficou inviável. Hoje, 10 anos depois, ele conseguiu um acordo em uma das mesas de conciliação do mutirão organizado pelo TRF3.
O valor da dívida que era de R$ 52 mil, após a negociação, teve um desconto de 30%. . Ele terá 60 dias para pagar à vista o novo valor: R$ 36,4 mil. “A sensação é de alívio, agora eu vou poder dormir mais tranquilo”, disse o mutuário após o fechamento do acordo. “Achei ótimo o mutirão, muito bem estruturado, fui atendido na hora marcada”, completou.
Para o juiz federal Bruno César Lorencini, o mutirão de conciliação é importante tanto para a Justiça Federal quanto para os mutuários. “É uma forma de aproximação da Justiça Federal com o jurisdicionado. Trata-se de uma oportunidade para o mutuário resolver um problema que, às vezes, o tem incomodado durante anos: a insegurança em relação à propriedade da casa própria”, afirma o magistrado.
O juiz Bruno César Lorencini explica que a atividade desenvolvida pelos magistrados nos mutirões é diferente da que realizam nas varas. “Nós, normalmente, estamos no gabinete julgando casos, em um momento de reflexão, ou estamos realizando uma audiência de instrução e julgamento que é bem diferente da audiência de conciliação”, afirma. “O mutirão proporciona uma oportunidade de o juiz dialogar com a parte e com a Caixa, atuar como agente pacificador, mais concreto, além disso, é uma atividade em que nós vemos uma resposta muito mais imediata do nosso trabalho”, finaliza.