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Pesquisador fala sobre Comunicação Não Violenta na JFRS

publicado 03/04/2013 15h45, última modificação 11/06/2015 17h14

A influência da comunicação no tratamento de conflitos foi o tema central da palestra proferida pelo pesquisador social Dominic Barter no primeiro dia do Curso de Aperfeiçoamento e Capacitação em Conciliações, que aconteceu nesta tarde (2/4) na Justiça Federal de Porto Alegre (RS). Por meio de dinâmicas e exemplos do dia a dia, Barter compartilhou técnicas para o desenvolvimento da chamada “escuta empática”, fundamental para o estabelecimento da comunicação não violenta.

Para o especialista inglês, a ausência de comunicação está no cerne de grande parte dos conflitos que se estabelecem nas relações pessoais. “A resolução do conflito depende da comunicação entre os envolvidos, e o que mais comumente se vê não são diálogos, mas monólogos sucessivos de um lado e de outro”, afirma.

Segundo Barter, estamos acostumados a adotar uma postura de pré-julgamento, que nos impede de enxergar pontos em comum compartilhados com nossos interlocutores. Essa falta de conexão com o outro interfere na compreensão do real significado de suas palavras. “É preciso começar pela escuta, em vez de simplesmente reagir e rebater o que o outro nos diz. É preciso criar um ambiente em que possam emergir camadas de significado que antes existiam, mas que não eram reveladas pela forma com que as palavras foram expressas”, explica. “Todo ser humano exprime um desejo, uma necessidade, que muitas vezes fica implícita em sua fala”, comenta.

Nas dinâmicas realizadas com os participantes do encontro, o palestrante demonstrou a utilização da técnica em situações profissionais, mas lembrou que mesmo as relações de trabalho constituem-se, primordialmente, em relações humanas. “Todo ser humano compartilha valores, anseios básicos”, diz. “Por isso, é preciso buscar o que temos em comum e lembrar que, no final das contas, estamos compartilhando objetivos”, menciona. “Você deve buscar o âmago do que motiva o outro e descobrir se esse âmago é alguma coisa que você também compartilha. Sem conexão não há comunicação, e a conexão é feita do encontro de coisas parecidas”, concluiu.

Fonte: Ascom - JFRS