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TRF4 homenageia desembargadores aposentados

publicado 26/04/2013 15h15, última modificação 11/06/2015 17h14

“De nossa posse até agora, presenciamos a transformação de uma Justiça Federal que passou de morosa e conservadora, a uma Justiça estruturada, eficiente, efetiva, qualificada e respeitada pela sociedade brasileira”. Com esse testemunho, o desembargador federal aposentado Vilson Darós, falou sobre a trajetória de magistrado em nome dos desembargadores que foram homenageados nesta manhã (25/4), em sessão solene, no Pleno do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).
A cerimônia, coordenada pela presidente do TRF4, desembargadora federal Marga Inge Barth Tessler, prestou a homenagem da corte aos desembargadores federais aposentados Silvia Goraieb, Élcio Pinheiro de Castro e Vilson Darós.
Representando os homenageados, Darós agradeceu aos colegas e aos servidores pelas realizações, salientando as semelhanças entre as carreiras dos jubilados. Contou que todos começaram na advocacia e, posteriormente, ingressaram na magistratura por meio de concurso público, “exercendo a jurisdição com independência, honradez, ética, postura ereta, buscando sempre a efetividade”.

Novos tempos
Ex-presidente do TRF4 no biênio 2009-2011, Darós disse que ele, Pinheiro de Castro e Silvia, vivenciaram o crescimento da Justiça Federal da 4ª Região, “reconhecida como  referência no judiciário federal do país”, baseado em quatro pilares.
O primeiro deles seria a interiorização no primeiro e segundo graus de jurisdição. “Desde 1987 a  4ª Região vem realizando investimentos para aproximar a Justiça Federal do povo, facilitando o acesso à  Justiça”, disse Darós, que concluiu ser esse o motivo pelo qual a Região é considerada a mais interiorizada do Brasil.
O desembargador aposentado também apontou a criação dos Juizados Especiais Federais (JEFs) e o planejamento estratégico realizado, como bases para o crescimento. “ A 4ª Região foi pioneira na implantação dos  JEFs, que democratizaram a Justiça Federal. E fomos além: criamos os JEFs Avançados (JEFAS) e, na atual administração, as Unidades Avançadas de Atendimento (UAAs), com mais competências, para garantir acesso do  cidadão nas cidades onde não existem subseções judiciárias”, completou Darós.
Mas para ele, “o grande salto de qualidade do TRF4 se deu com a informatização”. Ele aponta que o título de Justiça Federal mais informatizada do país se deve aos investimentos em tecnologia da informação. “Desenvolvemos, com nossos recursos e competências, ferramentas para debelar a morosidade, que são o processo eletrônico judicial  (eproc) e o administrativo (SEI)”, avaliou Darós.

Protagonistas
Ao analisar a vida profissional dos três homenageados, Darós afirmou que eles, juntamente com os demais desembargadores e servidores, tiveram presença efetiva no crescimento da Justiça Federal da 4ª Região. “Não formos espectadores, vendo a banda passar, como diz a conhecida música de Chico Buarque. Fomos protagonistas”.
Élcio Pinheiro de Castro acrescentou ao discurso de Darós, a convicção de que, “se não mais fizemos, foi porque nossas forças não permitiram”. Já a desembargadora Silvia Goraieb reafirmou o sentimento de realização ao dizer que “todos na vida têm uma missão a cumprir, uma delas é a  profissional e a maior delas é a própria vida”.
Ao saudar os homenageados, a presidente do TRF4 ressaltou as qualidades pessoais de cada aposentado e o privilégio da corte ter contado com os serviços desses magistrados por mais de 16 anos.
Marga lembrou da decisão firme e importante de Silvia Goraieb durante o plano Collor, ao conceder a liberação da poupança para aposentada doente de mais de 80 anos, qualificando a decisão como “magnífica”.  “Fomos juízes que jurisdicionamos somente com a Constituição na mão e, nesse fato, vossa excelência assim o fez”, se referindo a Silvia.
Ela também observou a dedicação incondicional de Élcio Pinheiro de Castro ao trabalho, salientando sua força e rigidez. Ao ilustrar as características do colega, lembrou uma vivência em comum. “Em uma ocasião, eu a ministra do STF, Ellen Gracie, tivemos que buscá-lo à noite no tribunal, pedindo que parasse de trabalhar, para que pudesse confratenizar conosco num evento cultural proporcionado pelo próprio tribunal”, revela a presidente.
Sobre Darós, Marga afirmou ter tido o privilégio de ser recebida por ele no TRF ao ingressar na corte, já que os dois foram contemporâneos na faculdade de Direito da PUC. “Agradeço os exemplos oferecidos a mim quando eu queria fraquejar ou desistir”, demonstrando as qualidades do colega aposentado.
O desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz também falou aos homenageados em nome da corte, reconhecendo a importância da dedicação deles. “Foram décadas dedicadas a este tribunal, julgando marcantes problemas jurídicos para a sociedade que busca seus direitos”. Para Thompson Flores, “eles deixam um enorme vazio no TRF4 e serão lembrados pelas lições e pelo conhecimento jurídico”. ]

Fonte: Assessoria de Comunicação do TRF4