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Curso de Segurança realizado no TRF3 enfatiza mudança de comportamento para enfrentar situações de perigo

publicado 28/06/2013 13h35, última modificação 11/06/2015 17h14

Assunto foi abordado no encerramento do treinamento ministrado por instrutores norte-americanos a magistrados e servidores na sede do Tribunal em São Paulo

A mudança de hábitos é a grande aliada das pessoas diante situações de perigo e violência no dia a dia nos centros urbanos. Esse foi o conselho dado por especialistas norte-americanos, na quinta-feira (27/09), durante o último dia do curso “Como Endurecer o Alvo” realizado no Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3). O treinamento é voltado a juízes e servidores que atuam na proteção de magistrados, mas também foi dirigido aos demais funcionários da Justiça Federal.
O evento foi coordenado pelo desembargador federal Cotrim Guimarães, presidente da Comissão de Segurança Permanente na Justiça Federal da 3ª Região, e ministrado por instrutores e policiais brasileiros e norte-americanos. O objetivo principal é aumentar o cuidado de autoridades e dos agentes de segurança com a proteção pessoal, desenvolver a capacidade de colaboração com policiais e, também, dar noções e técnicas de segurança para cidadãos em geral.
Segundo o desembargador federal Cotrim Guimarães, a instituição do curso faz parte da política de segurança adotada pelo Poder Judiciário, regulamentada por resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que estrutura as comissões de segurança de todos os tribunais federais, estaduais e militares. “A finalidade é centralizar as ações de segurança pública ligadas à atividade da magistratura e oferecer cursos que envolvam também os servidores. Todos nós passamos por situações de risco no dia a dia”, disse.
Os instrutores ligados à SWAT (Special Weapons And Tactics – unidade da polícia americana especializada em armas e táticas especiais) demonstraram por meio de simulações com a plateia e de vídeos uma série de situações onde as pessoas podem ser vítimas de perigo. No segundo e último dia do evento, foram enfatizados os temas “Como Endurecer o Alvo” e “Mídia Social e o Crime”.
Para os especialistas, os magistrados e servidores, assim como os cidadãos em geral, precisam mudar seu comportamento diante as situações diárias como observar o meio-ambiente por onde anda. A partir daí e da orientação que adquiriu por sua experiência de vida e profissional, ele deve decidir o que deve fazer para agir ou reagir diante de uma situação de perigo. “Inclui também o treinamento adquirido e o controle de estresse diante de movimentos hostis”, lembrou Shane McSheehy, comandante da SWAT.
O coronel Marcelo Pignatari, comandante do 11º Batalhão da Polícia Militar de São Paulo, disse que a necessidade da mudança comportamental das pessoas pode evitar até mesmo a ocorrência de furtos e outros delitos que acontecem todos os dias nas cidades como São Paulo. Ele elogiou o curso realizado no TRF3 e qualificou como “prevenção primária” dos cidadãos.
“O treinamento procura estimular nas pessoas um comportamento que anteceda a qualquer situação de risco. A idéia é desenvolver essas habilidades para que as pessoas não se tornem vítimas fáceis de um criminoso. As pessoas estão vulneráveis, por exemplo, quando caminham distraídas pela calçada aficionadas com celulares, tablets e não prestam atenção ao que acontece ao seu redor. Muitas acabam sendo vítimas de roubo e furto”, analisa.
Os instrutores encerraram o evento alertando o público para ter cuidados com as redes sociais. Para eles, deve haver racionalização no uso dessas ferramentas e cuidado com o que se escreve, com fotos e dados publicados e, principalmente, com a privacidade dos familiares. Essas informações podem ser usadas para a prática de crimes.
O evento foi realizado no auditório do TRF3 e contou com a presença também do coronel norte-americano Charles Saba (chefe da USPIT - organização do Instituto de Segurança Pública dos EUA) e do xerife norte-americano Richard Rippy (supervisor de patrulhamento de rua). As palestras foram transmitidas por videoconferência para todas as subseções judiciárias da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul).

Fonte: Ascom TRF3