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Justiça Federal realiza 2º Ciclo de Aprimoramento de Conciliadores

publicado 12/06/2013 17h20, última modificação 11/06/2015 17h14

A Justiça Federal no Piauí, através da Coordenação dos Juizados Especiais Federais de Teresina, promoveu, na manhã de hoje (12), o 2ª Ciclo de Aprimoramento de Conciliadores dos Juizados Especiais Federais da capital piauiense.

O evento ocorreu na Sala de capacitação da Seção Judiciária do Piauí, à Avenida Miguel Rosa,próximo ao HUT.

O 2ª Ciclo de Aprimoramento de Conciliadores  foi aberto pelo Coordenador dos JEF's, Juiz Federal titular da 7ª vara de Teresina, e vice-diretor do foro  da Seção Judiciária do Piauí,Geraldo Magela e Silva Menezes, que apresentou o painel "Atuação dos Conciliadores: Aspectos Éticos e Técnicos".

O magistrado abordou temas como a atuação dos conciliadores em audiência, assim como sua postura fora do ambiente de trabalho.

"Falando-se da ética de um conciliador, este deve manter serenidade e compreensão necessária a serem desenvolvidas nas audiências, tendo conduta irrepreensível,não só no ambiente público, mas também em ambientes particulares. Deve manter uma posição neutral, não facciosa, em relação  às partes. No aspecto técnico, discorremos em derredor da legislação  de regência às leis federais ordinárias  que tratam da atividade desenvolvida pelo conciliador federal", enfatizou o magistrado.

Na sequência, o defensor público estadual e professor da Universidade Federal do Piauí, Roberto Gonçalves de Freitas Filho, membro e ex-presidente da Associação Nacional  de Defensores Públicos, ministrou a conferência "Conciliando interesses".

O defensor já concorreu ao cargo de ministro do Superior Tribunal de Justiça pelo Quinto Constitucional destinado à OAB, tendo inclusive chegado a integrar a lista tríplice.

Segundo  Roberto Filho, o conciliador deve, primeiramente, ouvir as partes, deixar que elas falem e apontem a situação.

"A atividade de conciliação é fundamentalmente um ato de paciência de quem administra o processo conciliatório. As pessoas já chegaram à justiça porque têm um conflito de interesses que estava sendo agravado de alguma maneira e aí nós temos no espaço judicial um esforço para fazer um retorno no tempo, voltar, dar dois passos atrás

e tentarmos conseguir que aquilo seja decidido de uma maneira não contenciosa, não com uma decisão cogente do juiz, que o acordo de vontades possa solucionar o problema.

Para se chegar a esse acordo de vontades, há um exercício de pacificação, ou seja, você tem que vencer certa intransigência que foi sendo construída até se chegar aqui,até se chegar a essa situação judicial, então o grande instrumento de trabalho é a paciência, tentar convencer as partes da possibilidade de fazer-se aquilo com uma solução menos danosa", destacou Roberto Filho.

Fonte: JFPI