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Seminário de administração da Justiça termina apontando novos desafios e modelos de gestão para o Judiciário brasileiro

publicado 13/03/2013 08h15, última modificação 11/06/2015 17h14

“Eu sou otimista. Acho que nós temos tudo para avançarmos no caminho de um Poder Judiciário mais qualificado. É uma grande satisfação observar que esse seminário é uma prova disso”. Com essa avaliação a presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), desembargadora federal Marga Inge Barth Tessler encerrou a última palestra do Seminário Atualidade e Futuro da Administração da Justiça. A atividade aconteceu hoje (11/3), no final da tarde, no plenário da sede do TRF4.

Junto com a desembargadora Marga, o presidente do Instituto Brasileiro de Administração do Sistema Judiciário (IBRAJUS), Vladimir Passos de Freitas, e o diretor do foro da Seção Judiciária do Paraná (PR), juiz federal Friedmann Anderson Wendpap também participaram da mesa.

A criação de órgãos como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o estabelecimento de metas, a informatização, a transparência e a interlocução com os demais atores da cena judiciária foram apontadas pela presidente do TRF como algumas das inovações na Justiça. “São mudanças de hábito que configuram os esforços feitos na administração para um Judiciário brasileiro moderno”, explicou Marga em sua apresentação. Para demonstrar como esse tema tem uma origem antiga, a magistrada fez um resgate histórico, mostrando a evolução dos aspectos administrativos da Justiça, desde as primeiras civilizações, como a mesopotâmica, a egípcia e a romana, passando pela Europa feudal e até os dias atuais do Brasil.

Já o juiz Friedmann propôs uma reflexão sobre a natureza e a função da Justiça. “A razão da existência do Judiciário é a imperfeição humana. É com isso que lidamos. O juiz só existe porque há conflitos que devemos resolver na nossa sociedade”, ponderou. Ele também falou especificamente do caso brasileiro: “o nosso Judiciário é baseado no modelo republicano norte-americano. Por esse motivo, além de atuar como Poder, temos a função de ser serviço para a população”. No entanto, ressaltou que a independência da Justiça deve ser preservada, pois “não podemos e nem devemos agir dependendo da aprovação da opinião pública ou da mídia”.

Para o futuro, o juiz considera que recai sobre o magistrado brasileiro uma expectativa grande em relação à eficiência e aos resultados de seu trabalho, mas “é preciso prudência para que o perfil de nossa atividade não seja alterado. Não busquemos os aplausos, e sim a sensação do dever cumprido”.

Ao final da palestra, o desembargador aposentado Passos de Freitas agradeceu a presença e o apoio de todos os envolvidos no seminário. “Considero uma grande alegria ver tantos magistrados e servidores interessados em lutar por uma Justiça melhor”, ele concluiu.